Zona 30: menos velocidade, mais vida (3)
Um estudo português do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, nomeado “Acalmia de Tráfego – Zonas 30 e Zonas Residenciais ou de coexistência”, mostra que, na Inglaterra, no ano de 1963, foi formalmente apresentado o relatório “Traffic in Towns”, de autoria de Colin Buchanan onde, pela primeira vez, fixou-se a relação entre o crescimento do tráfego motorizado e a ameaça da qualidade de vida nas cidades.
Este documento é referido na bibliografia internacional como a gênese do movimento moderno de segurança no trânsito que apresenta, dentre as conclusões, a necessidade de incluir nos planos de transportes medidas que influenciem na utilização do automóvel.
Desde de que foi criada a primeira zona 30 como projeto piloto na pequena cidade alemã de Buxtehude, em 1983, numerosas zonas 30 provaram o seu valor por toda a Europa. Onde quer que tenham sido instaladas, o número e a seriedade dos acidentes foram reduzidos consideravelmente.
Em Londres, um estudo realizado pelo British Medical Journal mostrou que a introdução de zonas de 20 mph (30 km/h) foi associada a uma redução de 41.9% no número de vítimas de acidentes de trânsito. Não há evidências de migração de acidentes para áreas adjacentes às de 20 mph, onde o número de vítimas sofreu uma leve redução de 8%.
A conclusão é que medidas como a Zona 20mph é efetiva no sentido de reduzir acidentes e mortes no trânsito.
Os efeitos benéficos das Zonas 30 são (dentre outros):
• Cria cruzamentos seguros.
• Melhora a qualidade de vida.
• Aumenta os níveis de caminhada e ciclismo.
• Reduz a obesidade por meio do aumento da vida ativa.
• Reduz o volume de tráfego de veículos a motor e velocidades.
• Reduz os índices de acidentes rodoviários, ferimentos e mortes a todos.
• Reduz as emissões de gases de efeito estufa, poluição do ar e poluição sonora.
• Fomenta uma área onde pedestres, ciclistas e motoristas convivem com segurança e conforto.
• Desenvolve espaço público que é aberto e seguro para todos, incluindo as pessoas com deficiência.
• Aumenta o espaço disponível para caminhadas, ciclismo, e as pessoas na rua para comer, brincar e aproveitar a vida.
• Proporciona uma área segura para as crianças em zonas escolares.
• Aumenta os valores imobiliários de casas e empresas locais.
• Aumenta a vitalidade econômica da área.
• Fortalece o sentido de comunidade É chegado o momento de a sociedade brasileira começar a discutir nacionalmente a Zona 30. Participe da nossa campanha: www.zona30.com.br