Detrans mais próximos da população
Parceria entre Detrans e Secretarias Estaduais de Educação pra aplicação da Resolução 265 para a formação de condutores; incentivar o Planejamento Estratégico Pedagógico nos CFC’s; orientação à população para a defesa de autuações; utilização de ferramentas em tecnologia da informação para levar educação para o trânsito à população. Investir em formação de alunos e professores polinizadores da educação para o trânsito; Detranzinho na escola; atualizar estatísticas a serviço da escola e da sociedade; endurecer a fiscalização, denúncia e punição exemplar para coibir fraudes e vendas de CNH pela internet foram algumas sugestões apresentadas durante o Congresso Brasileiro da Associação Nacional dos Detrans. Mais do que uma sugestão para ampliar a atuação, o papel cidadão dos departamentos estaduais de trânsito em todo o Brasil e a aproximação com a sociedade, trata-se de uma possibilidade de ferramenta de gestão apresentada no Congresso Brasileiro da Associação Nacional dos Detrans, realizado nos dias 2 e 3, em Foz do Iguaçu.
Este foi o tema de minha apresentação na mesa redonda “O Papel da Sociedade em defesa da vida”, que teve como palestrantes e debatedores os especialistas Celso Alves Mariano e Roberta Torres e foi mediado pelo diretor de Habilitação e RENACH do Denatran, Jairo Mota Castro.
Esta extensão ao trabalho realizado pelos Detrans partiu da apresentação de um Programa de Humanização do Trânsito e Plano de Prevenção de Acidentes feito para a cidade de Blumenau, vencedor do 4º Prêmio Fenabrave e que aguarda acolhimento para começar a ser executado.
Acredito que o papel do Detran como ente do Sistema Nacional de Trânsito, mas acima de tudo, como um dos atores da sociedade organizada, é de fundamental importância. Aproximar-se mais da sociedade, orientar, informar, esclarecer e ser um dos pilares de sustentação da educação para o trânsito e da formação de condutores nos estados e no país é uma necessidade.
Já temos exemplos de Detrans orientando a gestão por competências, fazendo paradas pedagógicas com os CFC’s e seus profissionais para repensar o processo e as melhorias na formação de condutores, lançando plataformas digitais para educação para o trânsito, o CFC pedagógico para orientar os CFC’s na parte pedagógica e até se preocupando com o nervosismo dos candidatos em exames de direção.
Detrans que têm serviço de apoio a pessoas com medo de dirigir, a menores infratores no trânsito, que incentivam os profissionais da saúde a formarem equipes de orientação à comunidade para evitar acidentes, dentre outras ações.
Isto é muito positivo e, muitas vezes, não tem tanta visibilidade como deveria, até para que sirva de exemplo para ações que dão certo na luta diária para prevenir e evitar a violência cotidiana no trânsito. Mas, precisamos ir além, buscar melhorias contínuas e diárias.
Quanto mais os Detrans e seus profissionais estiverem próximos da população, a melhor informante sobre si mesma em relação à todas as questões que envolvem o trânsito, melhor, mais eficaz e eficiente serão as estratégias, o processo, o produto e os resultados.
Quando um programa de humanização para o trânsito e um plano de prevenção de acidentes é abraçado por um departamento estadual de trânsito para somar às suas estratégias e linha de ação, a maior beneficiada é a sociedade, que passa, dentre outras coisas, a conhecer o Detran, a importância e a presença de sua atuação ainda mais forte na sociedade.
Estabelece-se uma relação dialógica e sinérgica fundamental que pode aumentar a capilaridade de suas ações, a horizontalização da comunicação com a sociedade civil organizada, mas também a desmistificação da representação por parte da população, de Detrans como departamentos burocráticos de trânsito.
Para além das competências atribuídas pelo artigo 22 do CTB e da conectividade com os demais entes do Sistema Nacional de Trânsito, a proximidade e a presença junto à população, informando, orientando, municiando de estímulos positivos para a aprendizagem de comportamentos seguros e preventivos, cria novos projetos, programas e ações. Pode inaugurar um novo marco, um novo paradigma.
Mais que isso: inaugura uma nova forma de diálogo e parceria com a sociedade.