Iniciativa da Vale que previne sonolência de operadores é premiada
O sistema envolve quatro eixos: treinamento, monitoramento, medicina no trabalho e o gerenciamento de dados e informações.
A Vale foi uma das vencedoras do Prêmio Boas Práticas na Mineração do Brasil 2022 concedido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). Projeto voltado para operadores na mina de Carajás e o monitoramento da sonolência durante suas atividades conquistou o 1º lugar na categoria operação de máquinas e equipamentos móveis. Conforme o Ibram, a premiação reconhece iniciativas bem-sucedidas de promoção da segurança e qualidade de vida das pessoas e a melhoria contínua dos processos industriais.
O projeto também recebeu o Prêmio Proteção Brasil 2022 da Revista Proteção na categoria sistemas de gestão. Este reconhece o esforço de muitos profissionais brasileiros em prol de melhores condições de trabalho nas empresas.
“O projeto vem sendo desenvolvido há em Carajás e as premiações representam o reconhecimento a todos que têm se dedicado a este trabalho, em especial aos operadores, trazendo grandes resultados, fazendo com que a operação fique mais segura”, diz Alex Solidade, integrante da equipe responsável pelo projeto.
Na mina de Carajás, atuam diariamente cerca de 400 profissionais no comando dos gigantes da mineração, os caminhões fora de estrada.
O desenvolvimento do projeto de monitoramento começou em 2015, com o objetivo de contribuir com a segurança dos empregados. “No início quando houve a implantação teve um período para se adaptar, depois que nos adaptamos, foi constado que foi muito bom. É uma ferramenta excelente, tudo que vem para segurança, para nós, para melhorar nossas operações sempre é bom. E temos aprendido a cada dia de fazer uso dessa fermenta com mais eficiência”, diz o operador de equipamentos Joaquim Francisco Xavier, 44 anos e há nove na Vale.
Segurança
O sistema envolve quatro eixos: treinamento, monitoramento, medicina no trabalho e o gerenciamento de dados e informações. Ao entrar na empresa, o operador recebe treinamento sobre gestão da sonolência e durante a operação tem seus níveis de fadiga acompanhado em tempo real pela central de monitoramento.
Durante a atividade, o operador usa um óculos dotado de sensores desenvolvidos a partir de tecnologias de última geração para realizar a detecção de fadiga. Diferentes estágios da sonolência podem ser identificados e gerar alertas visual e sonoro à cabine do equipamento e à uma central de monitoramento. Desenvolvido pela empresa australiana Optalert, o dispositivo mede a velocidade de movimento das pálpebras do operador em até 500 vezes por segundo.
Outra iniciativa que integra o projeto de monitoramento premiado é o sistema Argus. O sistema que se adaptou para veículos leves e equipamentos auxiliares usados nas operações e em deslocamentos a trabalho. A tecnologia, que envolve vídeo analytics e inteligência artificial, faz o monitoramento de sonolência e comportamentos de direção insegura. Como, por exemplo, não usar o cinto de segurança ou uso de celular ao dirigir.
As informações geradas por ambos os sistemas seguem para central de monitoramento, onde uma equipe de técnicos especializados e dedicados 24 horas sete dias por semana, acompanham os operadores assim como gerenciam os dados. Paralelo, é feito o acompanhamento clínico dos operadores por equipe de medicina do trabalho, ou seja, em um processo que tem contribuído para uma operação de mina cada vez mais segura.