O condutor respeita o meio ambiente? (e você?)…
Inicialmente apreciaria destacar o que seja “respeitoso” para não ter que temperar o aço da minha espada e ficar em guarda…(isto é para possíveis adversários de opiniões, que são “duros na queda”)
Na juventude a “palavra respeito” estava acorrentada a herança cultural – simples assim. (na maior parte fixa em “ter medo”, muito mais do que qualquer outra razão)
Como exemplo, relembro o fato de que se tinha o hábito de beijar as mãos dos parentes mais velhos (tios, avós…), escoltado pela frase:
– benção tio;
– benção vô…e todo aquele ritual desnecessário. (mas deixaremos esta terapia existencial para outra ocasião, seguiremos agora para o que verdadeiramente é interessante neste tema)
Portanto, marchemos rumo ao “caroço” da questão…
No Brasil ocorrem coisas curiosas, que gostaria de reproduzir para você ser capaz de chegar a sóbrias conclusões…
1º) O governo brasileiro cria incentivos para a venda de carros. Essas vendas originam um maior número de veículos trafegando nas metrópoles, ocasionando mais “congestionamento” em determinados horários, e ocasionando poluição ao ambiente.(saibam que os carros em marcha lenta emitem maior quantidade de substâncias tóxicas)
Não só o poder público, mas toda coletividade, têm o dever de preservar e defender o meio ambiente. Contribuir para a redução da emissão de gases poluidores é uma preocupação que a própria legislação impõe não só ao poder público, mas à coletividade. (pertencemos ao ciclo maléfico e insano oportunizado sincronicamente pelo governo e o cidadão. Exemplo clássico da “roda do hamster”).
2º) Temos a falta de saneamento básico. (como exemplo, faça a leitura sobre o Arroio Dilúvio em Porto Alegre. Um esgoto a céu aberto para qualquer um contemplar. E não é único no país).
3º) Lixões disfarçados de aterros sanitários. (uma indústria de doenças bem próxima a nós).
4º) Mais de 1000 (mil) espécies da fauna brasileira em risco de extinção. (um genocídio constante em nome da modernidade. E o seu veículo faz parte da “gangue”. Você tem conhecimento disto, não é?).
5º) “Botos” morrendo na baía de Guanabara e nos rios da Amazônia. (por motivos diversos e/ou puro assassinato). OBS 01: (“boto” é uma palavra portuguesa para designar, de forma geral, golfinhos)
6º) Seca rigorosa no sertão. (Deus é malvado?).
7º) Transposição do rio São Francisco atrasada. (falta de ética e gerenciamento)
8º) Falta de diálogo com os índios. (Sim, eles invadiram nossas terras – risos tristes).
9º) Mata Atlântida devastada (perda de 24.000 hectares de vegetação nativa em 2013). OBS 02: O número equivale a 24 mil campos de futebol – essa foi para os “militantes” do esporte.
10º) O Brasil é liderança absoluta no uso de agrotóxicos no mundo. (traduzindo: somos o país que mais usa este produto “perverso”).
Acho que basta…
Não?…(está bem, pois concordo que é a responsabilidade perante a humanidade que nos torna humanos)
# No Brasil, quem luta pelas questões socioambientais, luta para não cair no pessimismo e cotidianamente busca “messianicamente” transformar indignação em ação. (mas os resultados efetivos encontram-se até o momento, singulares!)
# A proposta do governo federal de aplicar bilhões no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em MOBILIDADE URBANA não saiu do papel. (saiu?! Ou prossegue no meio de uma disputa sem voz?)
E plenamente na contramão da ambição da sociedade, o governo diminui impostos para estimular a venda de automóveis, enquanto a tributação sobre as bicicletas faz com que as “bikes” sejam uma das mais caras do mundo. (parece aquele atestado afirmando que não somos inteligentes o bastante para concebermos este horror. Acham que a “ética” é uma instituição belíssima; desde que em forma de fotografia, pendurada na parede).
# A floresta amazônica, responsável pela formação dos “rios voadores”, que trazem a umidade para estas regiões impactadas pelo desmatamento para dar lugar a soja e a criação de gado, não consegue mais dar conta dessa função. (os responsáveis são os partidários do “acho melhor ficar fora da coletividade”, e bem mais engajado ao “individualismo”).
# O sistema “Cantareira” em determinado momento já alcançou o nível mais baixo da sua história, deixando os paulistanos sem água – um dos motivos é a poluição veicular -, para consumo e prejudicando atividades produtivas.
OBS 03: o Sistema Cantareira é o maior dos sistemas administrados pela Sabesp -Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -, e um dos maiores do mundo, destinado à captação e tratamento de água para a grande São Paulo abastecendo 8,8 milhões de pessoas.
# O sistema de abastecimento de energia do país foi muito afetado, pois 65% da energia gerada no país são de fonte hidroelétrica.
A falta de planejamento e investimento em “energias renováveis” (aquelas “não” derivadas do petróleo e carvão) fez com que o governo federal lançasse mãos das termoelétricas (movidas a carvão e a óleo diesel), muito mais poluentes e caras. (adivinha quem ficou com este transtorno que se instalou como pulga em lugares incômodos?)
OBS 04: a gasolina, óleo diesel e carvão são fontes de energia consideradas NÃO RENOVÁVEIS.
# Para alguns políticos (que desconhecem este assunto), empresários (que desconhecem o assunto e optam pela ganância) e ruralistas (que pensam que o mundo é somente capim e criação de animais), a preocupação ambiental é uma “conspiração para impedir o país de crescer”. (afinal segundo estes, para desenvolver uma sociedade é preciso devastar a natureza).
# O Brasil é campeão em “mortes” de AMBIENTALISTAS – defendendo suas causas -, em comparação com os demais países. (o primeiro passo na direção de “fazer justiça” é a demonstração da insatisfação social, e não diante do silêncio cúmplice ou amedrontado).
# Um meio de promover uma mudança no comportamento da sociedade em relação à preservação do meio ambiente, creio ser através da cobrança de tarifas, taxas ou emissão de certificados de poluição aos veículos.
Procurar estabelecer padrões de eficiência nos combustíveis utilizados e nas tecnologias empregadas, isto é, ter à disposição veículos mais eficientes e com menor nível de emissão de poluentes. (e isso transita por um programa de “inspeção e manutenção veicular” desejando melhorar a qualidade do ar e a segurança no trânsito)
OBS 05: a “inspeção veicular” é uma medida importante para assegurar que os veículos estejam emitindo uma quantidade aceitável de poluentes.
# Medidas de restrição e proibições temporárias ao tráfego motorizado nos centros urbanos. (nada mais é que a implantação de zonas de baixa emissão que restringem o acesso a certas áreas de veículos que não cumprem um determinado padrão de emissões)
# Medidas de diálogo, conhecimento, motivação e educação que sabemos atuar diretamente na mudança de hábitos e comportamento das pessoas, auxiliando na eficiência de outras medidas, mais morais, que desejam a redução de problemas relacionados aos atuais padrões de mobilidade – neste caso, as emissões excessivas de CO2 – gás carbônico.
# Informação em tempo real via Internet, SMS, GPS ou outros meios de comunicação, sobre os serviços de transporte existentes, horários e melhores rotas, inclusive a existência de congestionamentos ou pontos de lentidão no tráfego.
# a cidade deve ser redesenhada à escala do pedestre, “estimulando” as distâncias curtas a pé, ou em bicicleta e “desvalorizando” as grandes distâncias percorridas em automóveis.
OBS 06: segundo dados de pesquisa, os deslocamentos motorizados irão aumentar quase 150% até 2050.
# O setor de transportes é um dos principais produtores de gases poluentes.
# A mobilidade urbana também conheceu nos últimos anos uma crescente motorização individual. (além de agravar o problema ambiental, com o excesso de emissão de gases de efeito estufa, a motorização privada consome espaço urbano tanto com vias para circulação de veículos como com extensas áreas para estacionamento, que danificam a qualidade de vida urbana)
OBS 07: o gás carbônico, metano, óxido nitroso etc, são considerados “gases responsáveis pelo efeito estufa”.
OBS 08: Não é segredo que nenhuma destas considerações enumeradas até o momento, não poderia sozinha resolver o problema.
Para finalizar devo escrever que, o cidadão é instrumento dos seus instrumentos e aparenta de forma insensível achar “legal” não conhecer, confirmando que há mais fenômenos na “rua” do que pode imaginar nossa vã “sociedade”. (há pessoas que acreditam que a ignorância é uma benção)
Mas isso não deve ser considerado o pior…devemos confiar que o jogo ainda não está perdido. (mas não se sintam à vontade demais)
As preocupações com a mobilidade urbana tornam imperativo que o cidadão veja o mundo não no preto-e-branco da suposta negligência, mas também com a simpatia pelas preocupações ambientais e sociais que atingem a todos.
Saber “relacionar-se” neste universo social é mais importante do que ser individualmente bem-sucedido…mas o que é ser “bem-sucedido”? (você sabe?!)