China limita novos carros na sexta cidade mais populosa do país
A China anunciou os detalhes do plano para diminuir a poluição em Tianjin, sexta cidade mais populosa do país. Os novos emplacamentos ficarão restritos a 100 mil por ano. A cidade fará leilão e sorteio para decidir quem poderá comprar um carro novo.
Das 100 mil novas placas por ano permitidas em Tianjin, 60 mil serão sorteadas e 40 mil vão a leilão. O novo esquema reserva 88% das novas placas para pessoas físicas e 12% para empresas.
Outras cidades chinesas já adotam essa restrição, mas em Tianjin ela é mais rigorosa porque órgãos do governo não terão direito a comprar carro novo.
A restrição entrou em vigor poucas horas após o anúncio. Isso fez muitas pessoas correrem às concessionárias, porque comprar um carro novo em Tianjin dependerá de sorte ou disposição para pagar mais.
Tianjin tem 14 milhões de habitantes e em março já tinha anunciado rodízio de veículos para reduzir a poluição e melhorar o trânsito.
Outras cidades na China já limitam o número de carros em circulação. Beijing, por exemplo, faz rodízio e sorteio de placas. Xangai faz leilões mensais de emplacamentos.
A China vem adotando uma série de medidas para diminuir a poluição. Esse problema crítico já afetou inclusive o turismo. Em novembro, o governo lançou um plano quinquenal para implementar novas políticas ambientais no país, que tem o carvão como principal fonte de energia.
Na semana passada, as autoridades chinesas anunciaram um programa de 300 bilhões de dólares para melhorar a qualidade do ar em três anos.
Desse valor, cerca de 40% será destinado à limpeza do ar propriamente dita e 30% para incentivar o uso de energia renováveis. O restante será aplicado na melhora dos motores de veículos. O programa deve gerar dois milhões de empregos.
Também na semana passada, a China decidiu que o padrão de gasolina adotado em Pequim será obrigatório para o país inteiro a partir de 2018. A fórmula, que se chama China 5, tem até 10 partes por milhão (ppm) de enxofre. A China 4, usada em metrópoles como Xangai, Guangzhou e Shenzhen, tem até 50 ppm, ou seja, cinco vezes mais.