26 de dezembro de 2024

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

26 de dezembro de 2024

As dificuldades dos pedestres em dia de chuva


Por Mariana Czerwonka Publicado 14/05/2014 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h12
Ouvir: 00:00

Comportamento de pedestres na chuvaÉ preciso estar atento às situações de perigo em dias de chuva. Na Capital, as precipitações ontem foram de 70 mm. Defesa Civil registrou pelo menos seis ocorrências

Quem anda a pé já sabe: se o dia começar com chuva será preciso correr para não levar um banho, pular para não enfiar o pé na lama e ter atenção redobrada para evitar acidentes. Alguns cuidados, porém, podem ser tomados para diminuir o perigo das ruas alagadas e esburacadas. Há até punição prevista para o motorista que arremessar água de forma proposital no pedestre.

O início da semana foi com 70 milímetros de precipitações em Fortaleza, com seis ocorrências registradas pela Defesa Civil. Para a vendedora Dina Silva Santos, 38, dia chuvoso é sinônimo de demora no transporte público e calça levantada até o joelho. “Não dá para ficar na parada porque cada carro que passa é um risco de se molhar. Ainda tem os buracos que complicam o trânsito e são um perigo. Tem até disputa pelo espaço do guarda-chuva nas calçadas”, afirmou Dina, que esperava o ônibus na avenida 13 de Maio.

Com chuva, é preciso malabarismos para ações simples, como atravessar a rua ou andar pela calçada. Há quem se arrisque no meio da água por ser aquele o único caminho, quem espere que as poças escoem para continuar o trajeto e quem, no meio do trânsito intenso, só veja onde se meteu depois de estar com pés e pernas submersos. “O pior é que essa água é de esgoto, deixa seu pé cheio de coceira. Se tapassem os buracos e fizessem uma calçada melhor, o sacrifício seria menor”, avaliou a passadeira Francisca Pascoal, 68.

Na Bezerra de Menezes, o fiscal de obras Océlio Ferreira apontava para a ciclovia inundada e dizia que era “a avenida das piscinas”. Por lá, a segurança da ciclovia era ameaçada pelo excesso de água armazenada dentro e fora do equipamento. “Aí você desvia para um lado e para o outro até conseguir atravessar”, disse.

Ocorrências

Durante a manhã de ontem, 20 colisões foram registradas pela Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), além de um semáforo com problema, um ponto de congestionamento (avenida Pontes Vieira com rua Vicente Leite) e a queda de três árvores (nos bairros Quintino Cunha, Centro e Álvaro Weyne).

No Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o artigo 171 prevê como infração média o ato de “usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou veículos, água ou detritos”. Os banhos de lama aos quais os pedestres estão expostos se enquadram na legislação, porém, este tipo de autuação quase nem existe nos registros da AMC. “É difícil para o agente de trânsito identificar. E em dias de chuva, a demanda operacional é muito grande, com acidentes e trânsito lento”, justificou o chefe de Operações do órgão, Disraeli Brasil.

Dicas

1. Alagamentos podem esconder buracos e bueiros abertos. Não arrisque, procure um caminho onde o solo está visível.

2. Cuidado com os desníveis entre o acostamento e o asfalto, que acumulam água.

3. Evite usar sandálias de borracha, que não têm aderência. Ao pular para desviar de buracos e poças, o risco de escorregar aumenta.

4. Ao tentar se abrigar, cuidado com as árvores velhas, que apresentam muita folhagem e grandes envergaduras. Também evite lajes que estejam visivelmente desgastadas, com ferragens aparecendo, por exemplo.

Fonte: O Povo

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *