Carro elétrico: história se inicia no século XIX e se populariza nos dias de hoje
Modelo tende a gerar economia e minimizar emissão de substâncias tóxicas. Veja um pouco da história do carro elétrico.
Os carros elétricos têm se popularizado cada vez mais em todo o mundo. É uma crescente que une vários pontos positivos, mas os principais estão relacionados com a economia que pode ser gerada ao dono e também a minimização de gases poluentes. Isso porque os veículos tradicionais emitem diversas substâncias, como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2) e ozônio (O3). Mas, apesar de ser uma tendência nos dias de hoje, essa história do carro elétrico começou a ser escrita ainda no século XIX.
Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre deste ano, houve a venda de quase 10 mil carros eletrificados, ou seja, um crescimento de 115%, de acordo com o mesmo período de 2021. É o que aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Veículo Elétrico (ABVE).
Um dos primeiros registros vem do ano de 1828, na Hungria, quando Ányos Jedlik criou um motor elétrico e testou em uma miniatura de carro. Na época, 40% dos automóveis dos Estados Unidos se moviam a vapor, 38% à eletricidade e 22% por motor à combustão. A partir daí, houve uma popularização. Em Nova York, por exemplo, muitas frotas de táxis eram movidas à bateria. Os carros eram mais fáceis de operar, sem ter que puxar uma manivela para dar partida, e não exigiam muita destreza para trocar de marcha. Tornaram-se modelos de luxo para mulheres. Além disso, ambulâncias e carros de entregas também os utilizavam, diferente do que acontecia no cotidiano.
O auge de sua produção nos Estados Unidos foi em 1912. Só que nesse período a combustão interna foi avançando, e, aos poucos, a gasolina ganhou terreno. Na época, Charles Kettering, que seria diretor de pesquisas da General Motors anos depois, inventou o motor de arranque, aposentando a tradicional manivela. Foi o ponto-chave para conquistar o público.
Desde então, deixaram os carros elétricos de lado, enquanto os que mais se vendiam eram os modelos movidos a combustível.
Veículos a vapor também se perderam no tempo, já que não tinham tanta praticidade e demoravam para “pegar no tranco”. Os países tentavam incentivar a retomada da produção em massa dos elétricos, com campanhas ecológicas, mas não dava muito certo. Havia muita pressão das montadoras, que chegavam a oferecer recursos para os consumidores, como desconto e disponibilização de acessórios, como capota marítima para Hilux.
Até que uma grande crise de petróleo afetou toda a indústria. Havia embargo das nações árabes, que eram grandes exportadoras. Isso gerou aumento no preço dos barris, incluindo o pânico da sociedade, que dependia exclusivamente dessa energia. Então, novamente, os elétricos voltaram para as pautas. Mas, após alguns anos, novamente caíram em desuso pelos carros movidos à gasolina.
Esse problema se repete no decorrer dos anos. Volta e meia surge uma crise, os veículos elétricos surgem como uma solução, mas rapidamente são esquecidos até o início dos anos 2000, quando surge a Tesla. Em 2008, a China entra de vez no setor, e as montadoras abraçam de vez os modelos híbridos ou totalmente elétricos. Os governos também tomam essa decisão. O Reino Unido, por exemplo, anunciou que vai proibir as vendas de carros movidos a diesel e gasolina a partir de 2030. A Alemanha realizou investimento bilionário no setor elétrico. E só com essa junção entre instituições públicas e privadas, além de uma disseminação sobre as vantagens desses modelos, que as vendas devem se solidificar.