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26 de dezembro de 2024

Caminhoneiros mantêm bloqueios de rodovias para o transporte de carga


Por Mariana Czerwonka Publicado 24/02/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h55
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Manifestação de caminhoneirosFoto: Valter Campanato/Agência Brasil

As manifestações de caminhoneiros em várias estradas do país, intensificadas hoje (23), mantêm interditadas para o transporte de carga várias rodovias do país. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), rodovias de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul estão parcialmente ou totalmente bloqueadas. Mato Grosso, Santa Catarina e o Paraná são os estados que apresentam o maior número de interdições.

Em Santa Catarina, os caminhoneiros intereomperam 11 trechos de rodovias, em oito deles o bloqueio é total. No município de São Miguel do Oeste, a interdição já dura três dias. Caminhoneiros ocupam trechos das BRs-163, 282, 158, 116, 470 e 153.

No Paraná, 12 trechos estão interditados. Todos eles nos dois sentidos da via. Somente carros de passeio, veículos de socorro, ônibus e caminhões e carretas com cargas perecíveis têm a passagem liberada em todos os pontos. Em Pérola Doeste, no quilômetro 64 da BR-163, a manifestação chega ao terceiro dia.

Nos municípios de Marechal Cândido Rondon, Laranjeiras do Sul e Paranavaí, a interdição começou na tarde de hoje. Segundo a PRF, há registros de congestionamentos em Pérola Doeste e Guarapuava, nos dois sentidos da via.

Em Mato Grosso, são oito os trechos interditados, todos com bloqueio total. A BR-163 tem interdição em quatro trechos: quilômetros 746, 598, 686 e 685. Na BR-364, o trânsito está interrompido nos quilômetros 196, 588, 614 e 397.

Em Mato Grosso do Sul, o quilômetro 256 da BR-163 está interditado nos dois sentidos. No Rio Grande do Sul, caminhoneiros ocupam dois trechos da BR-285, quilômetros 301 e 273,5. Em Goiás, a BR-364 está com interdição nos quilômetros 299,2 e 195. Em Minas Gerais, são três pontos na BR-381: quilômetros 677, 617 e 513. No local, o tráfego é liberado somente para carro de passeio, ônibus, veículos com carga perecível ou viva e ambulâncias.

Para a Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA), o transporte rodoviário de carga passa por dificuldades em consequência da atual situação da econômica do país. “A alta da inflação, aliada aos aumentos dos impostos do combustível, retrai a economia e acaba refletindo na diminuição dos fretes, o que significa menos dinheiro no bolso do caminhoneiro”, diz a entidade em nota divulgada nesta segunda-feira.

A CNTA sugeriu à categoria um plano de ação para reivindicar a diminuição do preço do óleo diesel, o subsídio do diesel para o caminhoneiro autônomo e a repartição dos financiamentos de caminhões para o caminhoneiro. A CNTA informou ainda que pediu uma reunião com o governo federal para debater as reivindicações.

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar), que é um dos estados mais atingidos pelos bloqueios, admite que o aumento dos preços dos combustíveis é uma queixa comum entre os caminhoneiros e pede medidas urgentes do governo. A entidade, no entanto, é contrária às interdições das rodovias para o transporte de carga. Para a Fetranspar, o bloqueio de caminhões e o consequente desabastecimento em alguns municípios está gerando prejuízos para transportadores e “um problema para terceiros que nada têm a ver com o setor”.

Com informações da Agência Brasil

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