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26 de dezembro de 2024

Instrutor: a arte de preparar condutores para o trânsito


Por Talita Inaba Publicado 16/10/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h43
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A palavra instruir, utilizada sabiamente na profissão, representa transmitir algum conhecimento, habilitar alguém sobre alguma coisa. Nada mais adequado para essa profissão que foi regulamentada pela Lei Nº 12.302, de 2 de agosto de 2010 e que é responsável pela formação de condutores de veículos automotores e elétricos de milhões de pessoas.

Seja nas salas de aula, no caso dos instrutores teóricos, ou seja nas ruas, no caso dos instrutores práticos, eles têm a missão de transmitir a educação para o trânsito e a prática veicular para os condutores que obtêm a Permissão para Dirigir (PPD) anualmente.

Os desafios são muitos. Primeiro por trabalhar com educação. Não é de hoje a discussão ininterrupta de que a educação no país, seja lá em qual esfera, educação básica, superior e inclusive a educação para o trânsito esbarram no desinteresse dos alunos, ou mesmo no caso das autoescolas, o objetivo da maioria dos alunos, muitas vezes, é de apenas “passar” na prova, sem a preocupação do papel de cada um no trânsito. Além do desinteresse, está o desafio de ensinar legislação, infrações, direção defensiva, primeiros socorros, cidadania, meio ambiente e mecânica básica distribuídas nas 45 horas/aula do curso teórico, além da tarefa de capacitar o aluno para dirigir um carro em 25 horas/aula, ou mesmo pilotar uma moto durante as 20 horas/aula nas aulas práticas.

E os desafios não param por aí. As dificuldades da assimilação do conteúdo pelos alunos, a preparação para a prova, as necessidades particulares de cada um deles. Nas ruas, o desafio dos motoristas impacientes que parecem que nunca foram alunos um dia, as buzinadas, os xingamentos, o saber lidar com as limitações dos alunos (o medo de dirigir, o pânico, a insegurança, ou o excesso de confiança).

Além desses, acrescente na conta as frustações com as reprovações e a revolta dos alunos ao acharem que é tudo culpa das autoescolas e, muitas vezes, dos instrutores. A conta é grande, mas maior ainda é o amor deles pela profissão. Sim, pois para estar nas ruas diariamente, ou nas salas de aulas ministrando conteúdo a cada turma nova, é preciso ter amor pela profissão. Muitos vão dizer que pode não ser o gosto pela causa, talvez pela comodidade, necessidade e tantas outras desculpas que podem existir. Para nós, do Portal do Trânsito, são desculpas, pois trabalhar com trânsito e ser responsável pela formação de milhões e milhões de motoristas, isso só pode ser amor.

Parabéns Instrutor de Trânsito pelo seu dia!

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