Apenas 9% da frota de veículos do Brasil tem controle de estabilidade
Obrigatoriedade do sistema é apontada pela ONU como uma das principais medidas para garantir segurança veicular
Natália Pianegonda
Agência CNT de Notícias
Enquanto, no mundo, a estimativa é que 63% da frota de veículos tenha o controle eletrônico de estabilidade, no Brasil o índice é de 9%. O chamado ESC é considerado uma das inovações mais importantes em segurança automotiva. Ele age para garantir que o motorista tenha controle do carro em situações de risco, como curvas fechadas e pisos escorregadios, por exemplo. Os dados são do Global NCAP, sigla em inglês para Programa Global de Avaliação de Carros Novos, que visa estimular a fabricação de veículos mais seguros em todo o mundo.
A obrigatoriedade do sistema na fabricação dos carros, ônibus e caminhões é uma das sete medidas consideradas essenciais pela ONU (Organização das Nações Unidas) para aumentar a segurança veicular e, assim, reduzir a quantidade de mortos e feridos no trânsito.
Conforme o Global NCAP, desde 1995, pelo menos 188,5 mil acidentes com ferimentos foram evitados e mais de 6,1 mil vidas foram salvas na Europa, onde a tecnologia é obrigatória. Para se ter uma ideia, hoje 88% dos veículos europeus possuem o controle eletrônico de estabilidade. Na América do Norte, o índice chega a 96%.
Para a organização, o Brasil precisa tornar a tecnologia item de fábrica para todos os modelos. A meta é que 59% da frota do país esteja equipada com o ESC até 2021, se aproximando, assim, do Japão (que deve chegar a 90% nos próximos anos), da Europa (94% até 2021) e da América do Norte (98% até 2021). Mas a obrigatoriedade do uso da tecnologia na indústria automotiva brasileira ainda está em discussão pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito).
A partir de 2016, o Latin NCAP, Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina, que testa a segurança dos modelos comercializados nesta região do mundo, somente dará a avaliação máxima – cinco estrelas – para os modelos que tiverem o ESC.
Frenagem automática de emergência
Outra tecnologia apontada pela ONU como uma das principais para reduzir o número de mortes no trânsito é o sistema AEB, sigla em inglês para frenagem automática de emergência. Ele possui um sistema de monitoramento com radares, câmeras ou sensores óticos para detectar a proximidade de outros veículos e pedestres. A tecnologia faz o carro reduzir a velocidade caso o motorista não responda a uma situação iminente de colisão ou atropelamento. A estimativa do Global NCAP é que o AEB reduza em 35% os danos causados em um acidente de trânsito.
Com informações da Agência CNT de Notícias