26 de dezembro de 2024

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26 de dezembro de 2024

Dia Mundial sem Carro: o dia em que pedestres e ciclistas viram protagonistas do trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 22/09/2022 às 11h15 Atualizado 08/11/2022 às 21h03
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No dia 22 de setembro, dentro da Semana Nacional de Trânsito, comemora-se o Dia Mundial sem Carro. Ou seja, um momento de reflexão e protagonismo de pedestres e ciclistas.

Um espaço compartilhado onde cada um tenha respeitado seus direitos assim como cumpra seus deveres com protagonismo dos modais menos poluentes e mais sustentáveis. É com esse pensamento que hoje, dia 22 de setembro, comemora-se o Dia Mundial sem Carro. A data não existe para tirar o automóvel do contexto do trânsito, mas para que este deixe de ser o astro e passe a atuar em conjunto com os demais modais de transporte.

E essa não é uma situação ou um pensamento existente apenas em nosso país. É uma tendência mundial. De acordo com a ONU/OMS, a mobilidade sustentável incentiva cidadãos e cidadãs a reduzirem ou abandonarem o uso do transporte individual motorizado. Dessa forma, priorizando os deslocamentos no transporte coletivo eficiente e o deslocamento ativo, como bicicletas e caminhadas.

Conforme o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) , os impactos da redução do uso de carros são muitos e atravessam diversas esferas sociais.

“Menos automóveis e mais pedestres pode transformar uma cidade, fortalecer as relações de vizinhança e de solidariedade. Nesse sentido, permite ajudar a reduzir problemas de saúde vinculados ao sedentarismo, à poluição atmosférica tais como doenças respiratórias e cardiovasculares e a proporcionar maior segurança no trânsito e maior segurança pública”, informa a entidade.

Para o Vá de Bike, uma entidade que atua em defesa do ciclista, o carro é uma invenção maravilhosa. “O problema começa a se mostrar quando você percebe que a quase totalidade dos motoristas nas cidades são pessoas sem nenhuma restrição de mobilidade, que estão carregando apenas uma blusa ou um caderno, não estão sendo levadas a hospital algum e estão fazendo um trajeto que muitas vezes não chega nem a 10 km”, argumenta.

Ainda de acordo com a organização, todos saindo com seus carros no mesmo horário causam o efeito mais visível da mobilidade baseada no automóvel: o congestionamento. “Outros efeitos são mais difíceis de perceber e alguns até impossíveis de mensurar com exatidão: mortes bem como sequelas de vítimas de acidentes, stress, isolamento e frustração, agressividade e violência, doenças cardiovasculares e respiratórias, menor tempo para convívio com a família, poluição do ar e das águas, consumo exagerado de recursos naturais, impermeabilização do solo e aumento da temperatura das cidades, diminuição do espaço para convívio entre as pessoas, mudanças na sociedade e degradação nas relações entre as pessoas, prestígio e autoestima atreladas ao automóvel”, alerta o Vá de Bike.

Engajamento

Eliane Pietsak, especialista em trânsito e gestora de projetos da Tecnodata, acredita que o envolvimento da sociedade ainda não veio. Para ela, apenas a minoria consegue deixar de lado sua individualidade.

“Essa aceitação ainda depende bastante do Poder Público. Por exemplo, é preciso que existam alternativas viáveis para que as pessoas se sintam encorajadas a deixar o carro em casa e utilizar outro meio de transporte”, analisa.

Segundo Pietsak, as pessoas só vão deixar os carros em casa quando o transporte coletivo de passageiros for de qualidade. Ou, ainda, andar de bicicleta seja mais seguro. “O que, por enquanto, ainda não é uma realidade”, garante.

Dicas de transporte sustentável

A Família Folhas, criação da Prefeitura de Curitiba e sucesso na cidade, voltou, em março deste ano, para lembrar o curitibano sobre a separação correta dos resíduos e veio com uma missão maior: ajudar a divulgar as ações de sustentabilidade da cidade. Além disso, mostrar que todo mundo pode – e deve – fazer a sua parte quando o assunto é combater as mudanças climáticas. Por esse motivo, a Família trouxe algumas dicas simples, para serem colocadas em prática já nesta quinta-feira, quando se comemora o Dia Mundial sem Carro.

Planejar é preciso

Quando a ideia é deixar o carro em casa, é fundamental se planejar e entender qual será o tempo necessário para o deslocamento. Com a internet e ferramentas como o Google Maps, por exemplo, é possível calcular as rotas usando diferentes modais – transporte público, caminhada, bicicleta ou, até mesmo, carro de aplicativo – para saber a que horas sair.

Distância curta? Vá a pé!

A caminhada, além de fazer bem para o planeta, é boa para a saúde. Em outras palavras, um trajeto curto pode ser feito a pé, apreciando as belezas da cidade e estimulando o sistema cardiorrespiratório.

Bike também é opção

Em uma distância um pouco maior, que tal tirar a bicicleta de casa? Atualmente, a cidade conta com uma malha cicloviária de 252,1 quilômetros, entre ciclovias, ciclofaixas, ciclorrotas e vias compartilhadas para que o seu trajeto seja feito com conforto e segurança.

Que tal usar o transporte público?

Curitiba tem 254 linhas de ônibus e o transporte coletivo mais integrado do País, interligando a capital a 15 municípios da RMC. A cidade conta também com a chamada  integração temporal, que permite a conexão gratuita entre linhas, por um determinado período de tempo. Basta ter em mãos o cartão-transporte usuário. Veja as linhas e horários no site da URBS e aproveite o trajeto para ouvir música e ler um livro.

Vai de carro mesmo? Dê carona

Se nenhuma das opções vai ser viável, que tal procurar aquele amigo ou colega de trabalho que faz o mesmo itinerário que você para pegar ou oferecer uma carona? Vai ser menos um veículo nas ruas.

História do Dia Mundial sem Carro

O Dia Mundial Sem Carro teve início em 1997 na França. Desde 2000, países como Espanha, Itália, Rússia assim como Inglaterra já participam dessa celebração.

No Brasil, o Dia Mundial Sem Carro existe desde 2001. Sendo que em São Paulo – cidade com a maior frota de veículos do País – a data passou a ser comemorada oficialmente em 2005.

Programação pelo Brasil

Curitiba – PR

A praça Santos Andrade, no centro de Curitiba, vai sediar a Feira da Mobilidade Urbana Sustentável nos dias 22 e 23 de setembro, produzida por mais de 20 organizações da sociedade civil. No local estão programadas atividades como palestras e vivências. No dia 22, Dia Mundial sem Carro, haverá uma marcha de ciclistas pela cidade além disso, na sexta, dia 23, a feira será o ponto final do Desafio Intermodal, em que pessoas em diferentes modos de locomoção fazem um mesmo trajeto pela cidade para avaliar a eficiência do transporte utilizado.

Maceió- AL

Em Maceió, por exemplo, durante todo o dia, os cidadãos poderão se deslocar gratuitamente nos transportes coletivos do Sistema Integrado de Mobilidade de Maceió (SIMM). Para embarcar, será necessário que os passageiros utilizem o cartão VAMU na modalidade Cidadão.

João Pessoa – PB

Já em João Pessoa, na Paraíba, será realizada a Corrida Zero Carbono, uma ação que reforça o objetivo do desenvolvimento sustentável de número 13, ou seja, aquele que visa o combate às alterações climáticas, com medidas urgentes para travar a mudança do clima e seus impactos. O IS está alinhado com a agenda 2030 e é signatário do Pacto Global, da ONU.

São Paulo – SP

Uma pedalada pelo Dia Mundial sem Carro está sendo organizada por coletivos de cicloativistas bem como grupos de pedal noturno. Concentração na Praça Charles Miller, em frente ao estádio do Pacaembu, às 19 horas, com partida às 20 horas.

Rio de Janeiro – RJ

Com apoio dos consulados da Bélgica, Suécia e Finlândia, cicloativistas cariocas farão uma bicicletada logo pela manhã, para incentivar o uso da bicicleta para ir ao trabalho. A concentração será às 8 horas na estação de bikes compartilhadas na Praia do Flamengo. A partida será às 8h45 com destino à Praça Mauá com chegada prevista para 9h30.

Campo Grande – MS

Durante a tarde do dia 22, haverá distribuição de materiais informativos sobre a mobilidade sustentável bem como uso da bicicleta como meio de transporte para o público que circula na esquina da rua 14 de Julho com avenida Afonso Pena e calçada da praça Ary Coelho. A partir das 19 horas, no Relógio Central (Av. Afonso Pena x Av Calógeras), ciclistas se concentram para uma pedalada por Campo Grande.

Florianópolis – SC

Para alertar motoristas sobre a lei que determina abrir 1,5 metro de distância na ultrapassagem de ciclistas, ativistas estenderão faixas educativas de manhã, em Coqueiros e, à noite, na avenida Beira Mar Norte, próximo ao Trapiche, onde, além disso, está programada a concentração de ciclistas para o passeio pela cidade, a partir das 19 horas. Para caminhantes, haverá atividade de manhã na Escola da Fazenda (Rua Jaborandi, 324 – Campeche) a partir das 8h30 e ciclistas são bem-vindas.

Recife – PE

A partir das 15 horas, parte do meio fio da rua Princesa Isabel, esquina com Rua da Aurora, será ocupada por cicloativistas para denunciar a ocupação exacerbada assim como ineficiente do espaço público pelos carros, mostrando que é mais seguro e acolhedor quando os espaços são construídos para a convivência humana.

16 comentários

  • IN Trânsito Arremessar água em pedestres: como é possível comprovar essa infração?
    21/11/2022 às 17:40

    […] que o condutor fique atento aos que transitam pela calçada. Isso porque arremessar água nos pedestres, não é só falta de respeito, mas é também uma infração de trânsito. No entanto, não é uma […]

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    21/11/2022 às 20:00

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  • Arremessar água em pedestres: como é possível comprovar essa infração? | Despachante São José
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    21/11/2022 às 20:02

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    21/11/2022 às 23:04

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  • Despachante Novo Mundo » Arremessar água em pedestres: como é possível comprovar essa infração?
    21/11/2022 às 23:17

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