27 de dezembro de 2024

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

27 de dezembro de 2024

Elaborando estratégias para aulas teóricas


Por Tecnodata Educacional Publicado 26/01/2018 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h19
Ouvir: 00:00
Instrutor em aulaA cada novo grupo, o instrutor tem um novo desafio. Foto: Pixabay.com

Em artigo anterior foram expostas algumas situações relatadas por alunos com relação às aulas teóricas nos CFCs. Muitas foram as manifestações favoráveis e outras nem tanto, contudo, devemos observar que, tanto alunos quanto instrutores tem as suas razões: muitas vezes as aulas são preparadas com carinho e atenção e os alunos não demonstram o menor interesse, por outro lado há os desiludidos que nem tentam mais fazer diferente. De qualquer forma, os instrutores têm uma grande responsabilidade em suas mãos. São eles que formam aquele cidadão que estará no trânsito amanhã e pode ser responsável, com seu comportamento imprudente ou negligente, pela morte ou mutilação de outro ser humano.

Uma vez, um instrutor escreveu:

“Preparo os meus alunos o melhor possível pois amanhã pode ser que eu cruze com ele no trânsito e ele pode ser responsável por me matar ou a minha família. Ainda assim, dando a ele o meu melhor, não há garantia alguma de que será um bom condutor de veículos, um bom pedestre ou um ser humano melhor. Mas não desisto!”

Como fazer então para dar boas aulas?

Confira algumas coisas que o instrutor deve ter em mente para elaborar estratégias e dar boas aulas.

  • Os minutos mais importantes: pesquisas apontam que os primeiros 30 e os últimos 15 segundos são os mais importantes de uma aula. Todo o restante pode ser esquecido se algum erro for cometido nesse tempo. Nos primeiros 30 segundos o professor está sendo avaliados pelos alunos: quem é esse instrutor? Qual o estilo dele? O que posso esperar da aula dele? Quanto tempo da minha atenção vou dedicar ao que ele falar? E isso tudo antes do instrutor abrir a boca! Não se pode esquecer que esses alunos vêm da realidade do ensino formal, portanto, tem “prática” em avaliar professores e destacar tudo aquilo que acreditam ser seus pontos fracos.
  • Silêncio: uma boa aula nunca deve terminar em silêncio ou com os alunos olhando para o relógio. O ideal é se perguntar o que você quer que seus alunos aprendam e como você os convence disso? Uma grande ajuda é pesquisar o que as pessoas, em diferentes profissões fazem para conseguir atrair e manter a atenção dos outros. Isso pode fazer diferença em aula.
  • Exemplo: é importante que os alunos vejam o instrutor teórico como um bom exemplo. De nada adianta dar uma aula excepcional sobre uso do cinto de segurança, uso do capacete, travessia em faixa, não utilizar o celular enquanto dirige e ser flagrado por um dos alunos cometendo essas infrações. Com certeza encontrarão uma forma de cobrar isso. A partir do momento em que se assume a tarefa de educar, o professor fica em uma vitrine, portanto, seguir aquilo que se transmite aos alunos é essencial.
  • Rodízio de temas: uma boa ideia é fazer rodízio dos temas e assuntos a serem abordados e não se estender demais em um único tema. Objetividade e dinamismo pode ser o segredo para atrair e manter a atenção dos alunos.
  • Esteja preparado: apesar de tudo, as coisas nem sempre acontecem como o previsto, por isso, tenha sempre um plano B para os problemas que surgirem: uma aula pronta e preparada a mais, uma alternativa para o caso da internet falhar ou não funcionar, enfim, imprevistos acontecem.
  • Seja honesto: é importante ser sincero com os alunos. Uma relação honesta gera confiança e credibilidade. Mesmo sendo educador, você não é obrigado a saber tudo. Não reconhecer isso e tentar “enrolar” pessoas que, pelo bem ou pelo mal fazem parte de uma geração videoclipe, que a tecnologia quase não tem segredos para eles, é cometer um grande erro. Hoje é muito fácil para estes alunos saírem da aula, ou mesmo dentro de sala, pesquisar na internet e confrontar o professor. E isso pode ser usado como benefício: não sei, não lembro, vou pesquisar ou ainda, vamos pesquisar agora…Essa pode ser a grande chance de, não só repassar conteúdos, mas fazer com que saibam onde buscar mais conhecimento.
Então, como fazer para dar boas aulas? Não há fórmulas mágicas tampouco receitas.

A cada novo grupo é um novo desafio. Os educadores sempre terão várias dúvidas de como planejar aulas interessantes, ao mesmo tempo, passar todo o conteúdo necessário, porém, o importante é seguir em frente, não desistir e acreditar que o seu trabalho faz a diferença na vida e no comportamento dos futuros condutores no trânsito brasileiro.

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *