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Estudo alerta que acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças na América Latina


Por Assessoria de Imprensa Publicado 25/06/2018 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h14
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Morte de crianças no trânsitoO relatório pede ação e financiamento de governos, doadores e das principais agências encarregadas de abordar a saúde infantil. Foto: Pixabay.com

Os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças entre cinco e 14 anos de idade na América Latina e a segunda causa entre os adolescentes com 15 anos ou mais. Esse é o alerta do Relatório “Streets for Life: Safe and Healthy Journeys for the Children of Latin America and the Caribbean” (“Ruas pela vida: jornadas seguras e saudáveis para as crianças da América Latina e do Caribe”), publicado pela Fundação FIA em conjunto com UNICEF, Save the Children Foundation e Gonzalo Rodriguez.

O estudo foi divulgado em Buenos Aires e diz que quase 50 crianças perdem a vida por dia nesses locais, quase 20.000 por ano.

“As crianças em comunidades de baixa renda estão em maior risco”, diz o relatório.

A publicação destaca que a taxa de mortalidade por acidentes de trânsito em menores de 14 anos na América Latina e Caribe é “quase o dobro da média mundial”. De acordo com o relatório, muitas dessas lesões e mortes ocorrem no caminho para a escola.

“Os legisladores não estão oferecendo segurança no trajeto casa/ escola”, alertou o relatório da Fundação, que foca na promoção da mobilidade segura como uma forma de melhorar a saúde e proteger vidas em todo o mundo.

O relatório apontou ainda que a proteção básica é muitas vezes ausente, pois 88% das vias analisadas em toda a região não contavam com travessias de pedestres, além disso, o limite de velocidade estava acima de 40 km/h e 68% não tinham calçadas.

A segurança em motocicletas também é uma preocupação crescente em muitos países da região, onde os jovens e as famílias de trabalhadores estão freqüentemente em risco. O relatório sugere medidas como regulamentação e obrigatoriedade do uso de capacetes.

Além do trânsito, outro grande perigo é a poluição do ar. Cerca de 100 milhões de crianças vivem em áreas que excedem os limites permitidos. O tráfego rodoviário é um contribuinte significativo para a ameaça de poluição da região.

O relatório pede ação e financiamento de governos, doadores e das principais agências encarregadas de abordar a saúde infantil.

Segundo María Perceval, diretora regional da UNICEF América Latina e Caribe, as mortes no trânsito são previsíveis e evitáveis.

“A UNICEF apela aos governos da região para planejar, implementar e apoiar as soluções necessárias para evitar mortes, lesões e deficiência devido a acidentes rodoviários, e garantir que cada criança tenha um trajeto seguro para a escola “.

Para Saul Billingsley, diretor executivo da Fundação FIA, as crianças estão enfrentando uma epidemia de saúde pública resultante do tráfego rodoviário. “Simplificando, as soluções funcionam – há exemplos fortes em toda a região de políticas de salvamento que estão sendo implementadas. No entanto, elas são muito raras e isoladas. Precisamos de uma resposta ampliada, um plano de ação regional complementado por um significativo investimento necessário. Estamos convocando uma cúpula especial da ONU sobre a saúde infantil e adolescente para mostrar a urgência do assunto”, finaliza.

Com informações de Assessoria de Imprensa

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