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Multa por uso de celular cai 20% em São Paulo


Por Mariana Czerwonka Publicado 26/12/2014 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h59
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Uso do celularSegundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, 84% dos motoristas de São Paulo e do Rio mexem no celular enquanto dirigem

A popularização do celular mudou os hábitos dos brasileiros, inclusive no trânsito. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia apontou que 84% dos motoristas de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) admitem que mexem no celular enquanto dirigem, embora todos (100%, literalmente) afirmem saber que isso é uma distração que pode aumentar o risco de acidentes — e uma infração prevista no Código de Trânsito (quatro pontos na CNH e multa de R$ 85,13).

Mais recentemente, os celulares inteligentes (smartphones), conectáveis à internet e dotados de Bluetooth (conexão por rádio), tomaram conta do mercado e podem ter dificultado a fiscalização.

Se antes o motorista grudava o telefone ao ouvido para conversar, gesto perfeitamente visível do lado de fora do carro — e, portanto, flagrável pelos agentes –, agora pode manter o smartphone no colo ou em algum suporte posicionado longe do olhar das autoridades de trânsito. É o que basta para trocar mensagens de texto (SMS, WhatsApp) e dar uma conferida na linha do tempo do Facebook e/ou nas últimas tuitadas. Na mesma posição, o smartphone também pode ser usado como navegador, por meio de aplicativos na linha do Waze.

Nem me viu

Essa mudança parece ter se refletido nas estatísticas: de 2010 para cá, a média mensal de multas aplicadas por uso indevido do celular ao volante na capital paulista caiu 20%, de 39.400 casos por mês para 31.500.

De 2005 a 2010, fase em que o “boom” dos celulares convencionais se consolidou no Brasil, a CET (Companhia de Engenharia e Tráfego de São Paulo) registrou um salto de 245% nos índices de autuação, de 193.801 para 473.153 multas/ano.

Esses números vêm recuando a cada ano desde então: 461.159 em 2011; 411.138 em 2012; 372.726 em 2013; e 315.479 entre janeiro e outubro deste ano. Neste período, somente as duas maiores marcas de smartphones, Apple e Samsung, lançaram sete produtos novos em suas linhas de prestígio (iPhone e Galaxy S).

Procurados por UOL Carros, os órgãos responsáveis pelo trânsito em São Paulo não cravam que a popularização do smartphone tem a ver com o declínio nas autuações, mas negam ter havido qualquer relaxamento na fiscalização. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), por exemplo, disse que “continua a praticar autuações sempre que comprova a utilização do celular, independentemente de o motorista estar falando ou teclando”.

A Polícia Rodoviária Federal, que cuida das rodovias federais em todo o Brasil, afirmou que mantém “patrulhamento ostensivo e em pontos estratégicos” das vias. Um porta-voz da corporação observa que, por “ter área de atuação onde há pouca cobertura de celular, não faz tantos flagrantes desse tipo”. Nos nove primeiros meses de 2014, a PRF aplicou 21.295 multas.

Fonte: UOL Carros

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