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Marco Regulatório do transporte: investimentos chegam com novos veículos, tecnologia e empregos

O investimento previsto, apenas para frota, para 2024 chega a ultrapassar em 35% o já realizado anualmente pelas empresas.


Por Pauline Machado Publicado 19/02/2024 às 15h00
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A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), anunciou, dias após a publicação do Marco Regulatório, que suas 112 empresas associadas, as mais relevantes das regulares atuantes no mercado, farão um investimento de mais 2,5 bilhões em 2024 no setor.

O valor previsto já está sendo investido em contratos com os fabricantes de chassis Mercedes Bens, Scania e Volvo e os fabricantes de carrocerias como a Marcopolo, Busscar e Comil, que são as mais utilizadas no segmento.

Paulo Porto, presidente do conselho deliberativo da Abrati, ressalta que “a segurança jurídica necessária para realizar esses investimentos se tornou presente nessa nova normativa que, apesar de algumas imperfeições, contempla as premissas essenciais necessárias para se obter um transporte público com maior qualidade”.

Dados da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) de 2023 mostram que os quase 10 mil veículos registrados no sistema regular de linhas possuem idade média de 7,5 anos de uso. No entanto, ainda no ano passado, de acordo com informações da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) essa frota teve um aumento de 21,85%.

O investimento previsto, apenas para frota, para 2024 chega a ultrapassar em 35% o já realizado anualmente pelas empresas. Ou seja, essa ação acrescentará ainda uma maior diversificação dos serviços.

Além da frota, investimentos em tecnologia já são realizados e aumentarão exponencialmente no ano corrente. Dessa forma, sendo produzidas novas gerações de aplicativos que realizam o monitoramento da demanda, revenue management e análise da concorrência uma tecnologia. Isto, segundo o executivo, chega para tornar as demandas mais previsíveis, fazer o planejamento ser mais eficaz e os preços serem ainda mais competitivos. Ou seja, veículos mais modernos com planejamento e operações mais eficazes evitam desperdícios de recursos e tornam as operações mais ecológicas.

“A simetria de concorrência vai permitir uma competição saudável e segura para o consumidor e empresário. Primeiramente porque ambos terão a certeza da continuidade dos serviços e também porque haverá o elemento da previsibilidade que possibilita investimentos em fontes alternativas de energia para as instalações, projetos sociais, formação profissional e contratações. Existe toda uma gama de projetos que agora serão desbloqueados”, aponta Porto.

Incentivos e perspectivas pós Marco Regulatório do transporte

Segundo o painel de emprego da Confederação Nacional de Transportes (CNT), o ganho desses investimentos não é apenas para os viajantes. Nos últimos dois anos, por exemplo, o número de admissões foi de mais de 24 mil. E, segundo o presidente do conselho deliberativo da Abrati, esse número deve aumentar em cerca de 30% com as medidas anunciadas pelas associadas.

Por meio dessas contratações devem ingressar motoristas, mecânicos e, especialmente, novos profissionais nas áreas de desenvolvimento tecnológico, comunicação, publicidade, recursos humanos e cultura. Várias vagas serão disponibilizadas em diversas cidades fora do grande eixo econômico do País, que vão além das capitais.

Por fim, levando em consideração o Mapa do Turismo Brasileiro, desenvolvido pelo Ministério do Turismo, o Brasil registra 2.542 cidades turísticas. Destas 89% são atendidas pelo transporte rodoviário regular. “A Abrati prevê um 2024 de muito otimismo e caminhos desobstruídos para o segmento. Agora é aquecer os motores, pois já se virou a chave” finaliza o presidente da associação.

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