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“FONE de OUVIDO” x MOBILIDADE URBANA (quem vencerá?!)…


Por ACésarVeiga Publicado 18/08/2017 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h18
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Foto: Freeimages.comFoto: Freeimages.com

Realmente escutar “música”, foi sinônimo de incômodo durante muito tempo no interior dos ônibus metropolitanos de Porto Alegre…

Foram eles, estes ouvintes musicais no coletivo, que cotidianamente abusaram dos outros cidadãos revelando dessa maneira que se lançavam com sede à “falta de limites”.

Nem sempre respeitando o “livre arbítrio” dos demais avançavam direto a uma cirurgia “invasiva” descuidada, direcionada exatamente para o coração da “coletividade”…como se a ocasião fosse do tudo ou nada.

OBS 01: o único empreendimento levado a sério naquele momento sempre foi à falta de comprometimento ético.

Para completar o insucesso, os demais passageiros eram obrigados a participar daquele “amontoado ruidoso”, no qual sobrava desacordo no estilo, no intérprete, no acompanhamento melodioso e principalmente…na intensidade do volume dos aparelhos – fontes de som…(sim, viraram presença corriqueira nesses acontecimentos)

E como recheio, igualmente comparecia “refogado”, o “cantarolar” do proprietário do aparelho. (e nem vamos falar do “tempero” no gingado corpóreo daquele suposto bailarino…)

Muitas das vezes fui testemunha da barulheira que ali permanecia, que ostentava, tal as peças de teatro antiga, a dita postura como “pano de fundo”.

Mas para este caso, o “enjoativo” durou pouco…Houve a obrigatoriedade de utilizar os aparelhos sonoros com os respectivos “fone de ouvido”. (acreditou-se então, que tudo voltaria a “Santa Paz de Deus”)

Mas taparam a cabeça, e do mesmo modo o “bom senso” também …

Você acha que é somente “dizer popular” o que termino de escrever?

– Então dê uma olhadinha nos pedestres, motoristas e ciclistas…(com certeza você verá um número crescente com “fone de ouvido”)

E para agregar ao desastre, o “benefício” deu um grande “adeus” a toda gente…

Eles estão nas ruas, nos escritórios, nas academias, no trânsito, nas salas de aula, e até na sua casa.

Veja ao redor…(com certeza sempre terá alguém usando “fone de ouvido”)

Tornou-se indispensável na rotina de qualquer jovem, (e do adulto também…)

Mas saibam que eles bloqueiam a audição do som ambiente com outros sons e isto altera toda a noção de tempo e espaço…além de prejudicar a concentração no que estamos executando. (e nem vamos falar na saúde dos “tímpanos”…)

OBS 02: “Escutamos com o cérebro e não com o ouvido”.  Os ouvidos são transmissores de informações e dos impulsos elétricos que vão para o cérebro…o cérebro decodifica, controla e adapta o som de modo perceptível para o resto de nosso corpo.

O “som” com volume muito alto, obriga o cérebro a se concentrar neste processo, e nossos sentidos ficam alterados atrapalhando a percepção e a concentração. (ficamos expostos aos perigos…)

Por um lado, o pedestre que utiliza o “fone de ouvido”, foi brindado com o privilégio de não escutar a barulheira do ambiente externo, sobrevivendo simplesmente com o “deleitar” da sua música predileta…passo a passo perambulando, ou em “trote”, por caminhos e pistas da metrópole, transportando dentro de si a exclusão do que seja o “perigo”.

OBS 03: mas em contrapartida, também passou a não perceber:

– o obstáculo ao chão;

– um carro se aproximando;

– alguém a lhe avisar de um perigo…(enfim, você fica exposto a um número de riscos bem maiores)

Se algo acontecer de desagradável, não diga que foi “acidente”…pois foi sim, IMPRUDÊNCIA – com letras garrafais, como acabei de escrever.

OBS 04: os motoristas de ônibus também estão abraçando a utilização do “fone de ouvido”…

Neste caso, o dueto “falta de educação” e  “falta de fiscalização”, dão-se as mãos.

Além dos seus atributos corriqueiros, ao usar o “fone de ouvido” isto faz com que este condutor diminua sua atenção tanto nas pessoas que estão dentro do ônibus, como nas pessoas que estão na rua…(tira sua vigília para com o trânsito)

Vide que existe até a placa dentro dos ônibus alertando:

– “É proibido falar com o motorista”. (tal advertência visa que tenha plena atenção na direção)

Estamos ficando, todos, a mercê destas irresponsabilidades…(cabe-nos DENUNCIAR)

E os ciclistas?

– A grande maioria dos ciclistas também aderiu à “moda”.

Se, é proibido e perigoso para um motorista que tem toda aquela proteção de metal do veículo, imagina o ciclista…(certamente fica mais exposto aos perigos e põe outros, a mais perigo também)

Perigos estes, que são muitos:

– um motorista atrás de você,

– uma sirene de ambulância se aproximando,

– um imprudente chegando perto,

– um grito de atenção,

– cachorro latindo perseguindo sua roda,

– etc.

E assim, o ciclista assume um novo papel…

Papel este que apresenta um “script” no qual o risco de ocorrerem lesões por suas imprudências, aumenta muito…

Denomino-os de “zumbis urbanos”, pois ficam a vagar alheios a tudo e a todos. (certamente não devemos apoiar essas leviandades)

Veja bem, não importa quantos cuidados você tome, se você circular pelas vias com “fone de ouvido”, provavelmente tornará o trânsito mais complicado e perigoso.

E para isto não necessitamos de fatos científicos ou pesquisas…(é realidade, e ela está bem ai)

A probabilidade de ocorrerem lesões corporais e mortes aumentará…e depois não falem que o trânsito é “assassino”, pois “assassino” é outra coisa!

Segundo o Código de Trânsito é proibido dirigir usando esse acessório porque obviamente deixa o usuário alheio ao que está acontecendo ao entorno.

Então lembre:

Se você está na rua, ou você é pedestre, ciclista, ou é motorista, não importa…você tem que seguir as regras e o bom senso para evitar lesões a você, e principalmente aos outros.

A “gentileza” é sempre bem-vinda, e convenhamos, com os ouvidos tapados a probabilidade de não haver “cortesia”, é muito grande. (não parece uma profecia certeira?)

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