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Com licença…quero FURAR a FILA (você permite?!)


Por ACésarVeiga Publicado 05/07/2017 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h18
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Fila de ônibusFoto: Freeimages.com

Sou testemunha que sombrios e antigos problemas da sociedade têm suas sequelas na fila do ônibus.
 
Aguardar a “condução” pode ser aquele estágio que concede a qualquer cidadão o diploma para tornar-se um exímio “sem educação”. (e você recebe essa graduação simplesmente saboreando os diversos momentos de espera aos quais você fica exposto no cotidiano)
 
Com certeza, sem intermediários – e sem esforços -, reconhecemos  a “falta de limites”, que determinados usuários praticam, naquele laboratório social único. (saiba que toda aquela “fuligem atitudinal” é conseguida “malandramente” por esses violadores)
 
Assim, você tem de romper as fronteiras da compreensão, para os acontecimentos não permanecerem na seara dos “sem sentido” e dos “mistérios”. (alguns diriam também na seara da “degradação”)
 
No entanto, alguns com longa experiência nas “fila de ônibus” insistem em dizer naturalmente – após tanta espera resignada -, que acabaram acostumando também com os “furadores” de fila.
 
Uma das razões para aceitar esse “atrevimento” é muito simples:
“Não querem se incomodar”.
 
A outra…é que igualmente praticam seus “deslizes” de vez em quando – e assim ficam “elas por elas”. (entenderam?!)
 
OBS 01: estas atitudes distorcidas foram criadas ao longo de gerações e não irão desaparecer de um dia para outro.
 
Uma observação importante aos iniciantes, em forma de questionamento, por que não dar uma de justiceiro neste local minado e tentar drenar de maneira mais “resistente” essas atitudes quando elas ocorrerem? (bem, pois a aparente quietude pode repentinamente transformar-se em tremendo “tsunami” – só isso!)
 
Então, juntando moderadamente o insulto à injúria, o recomendável é que você interprete e avalie tudo de modo mais inteligente, permanecendo pacientemente a esperar o seu ônibus, sem nada dizer. (como “vaca de presépio”)
 
Quando houver oportunidade, que você então absorva a atitude da maioria, e ultrapasse os idosos e as pessoas com deficiência e assegure o melhor lugar para você…(é claro, se o conseguir antes daqueles já treinados nesta traquinagem)
 
E se conseguir sentar, vá desfrutando da viagem, com orgulho e altivez, pois você certamente o conquistou bravamente e indecentemente(sim, você escolheu um falso caminho que nunca pode levar todos a uma verdadeira solução para o problema)
 
As paradas de ônibus são lugares que não se sabe de quem é a preferência, pois parece que todos têm prioridade…(legítima e verdadeira agressão à dignidade)
 
Mas desejaria àqueles a quem é dado o poder de decisão sobre o transporte público, que desfrutassem do ônibus pelo menos uma vez na semana…

No horário de “pico”…(preferencialmente)
 
Não só para experimentar a falta de educação das pessoas, como também a falta de consideração do poder público para com a sociedade. (creio que não teríamos tanta crueldade e desrespeito ao cidadão que depende deste meio de deslocamento)
 
Experiência própria…quando por felicidade sou obrigado a transitar de ônibus, sinto-me tratado como se fosse “bovino”.
 
E nessas horas gostaria de dispor mais coragem e organizar uma rebelião…(mas opto pela civilidade contida ficando com “resignação” amarga e triste)
 
E olhando para o alto, representa que há interesse das prefeituras e dos governos dos estados que o transporte coletivo seja simplesmente uma atividade bastante lucrativa…(e “ponto final”)
 
E assim forças de oposição ao “bem” permanecem fortes, procurando preservar o “momento” e erradicar os avanços desejados, mantendo um setor político descontínuo e omisso.
 
OBS 02: concessões duvidosas, o medo de perder patrocinadores, mídia ausente e a população na maioria “sem educação” ou “mal educada” completa essa insípida “sopa” da falta de avanço social.
 
É preciso exigir que o poder público invista no planejamento urbano e em melhorias concretas da infraestrutura viária nas cidades, priorizando assim o transporte coletivo.
 
Dizem que é muito importante conscientizar as pessoas e promover uma mudança de cultura, convencendo a deixar o carro – para aqueles que o tem -, em casa e usar o transporte público.
 
Mas não temos estruturas adequadas para que esta troca ocorra…(e assim giramos 360° e voltamos sempre à estaca “zero”)
 
Vivemos uma lógica opressiva dentro das cidades…cidades com sistema de mobilidade urbana antigo, poluidor, doente e caótico…e assim chegamos ao “gran finale”:

– O transporte público, não é público.
 
Enquanto os gestores responsáveis, não iniciam a cumprir de fato as suas promessas neste setor, não vislumbro mudanças. (que o interesse seja o de buscar falar para todas as pessoas e não apenas para os interesses de poucos)
 
Devemos gritar que o cidadão está exausto dessas frases e promessas tipo “folha de parreira”. (usadas para cobrir exclusivamente a nudez dos reais objetivos)
 
Temos de colocar o ato político leviano na câmara de tortura e obrigá-lo a testemunhar até contra ele mesmo, a fim de que possamos controlá-lo para atingir objetivos mais coletivos.
 
Não são leis e atitudes rigorosas que nos faltam, mas sim sua aplicação…
 
Estamos cansados daquele velho ciclo conhecido: partidos, convenções, campanhas, propagandas, bottons, bandeiras, discursos, mentiras e eleições…(e a realização das promessas, quando virão?)
 
Os governantes deveriam estar dedicados mais a controlar e resolver os problemas urbanos do que governar os cidadãos.
 
Estamos rodeados de políticos que dispõe de um impressionante conhecimento superficial de muitas coisas, e o domínio de nenhuma…e em todas elas, falando com a eloquência de um amador. (estão sempre cometendo erros que não poderiam cometer)
 
Os gestores públicos são servos do “soberano”  ou do Estado, da fama e de seus negócios, de modo que não possuem liberdade, nem pessoal, nem de seus atos e nem de seu tempo. (e dessa forma avançam com suas quatro virtudes: trapacear, mentir, lisonjear e atrever-se)
 
E assim, a cada cidadão resta seguir como “malabarista” aprendendo a ficar confortável com a desordem!
 
Bem, devo parar por aqui, antes que a esperança da sociedade mais coletiva caia…tal como o reboco malfeito que cai da parede com ele revestida. (o que pode criar insatisfações de proporções épicas)
 
Sou otimista e espero que em breve, brote a moderna política e os novos políticos…pois não estamos mais dispostos a suportar tanta dor para evitar a mudança.
 
E você está?!
 
Abraços 

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