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Indústria da multa, ou seria de infratores?


Por Anna Maria Garcia Prediger Publicado 23/03/2018 às 03h00 Atualizado 02/11/2022 às 20h15
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Indústria da multaFoto: Arquivo Tecnodata.

Hoje comecei uma nova etapa como instrutora em meu currículo. Ministro aulas há alguns anos para a primeira habilitação e para habilitados que têm medo de dirigir, e agora, comecei a ministrar aulas para condutores infratores, a turma da Reciclagem, a qual sempre relutei e combati. Por que combati? Por receio entrar em discussão ou algo parecido, pois afinal de contas, são pessoas que estão realizando o curso não por seu bom comportamento no trânsito.

Enfim, agora comecei essa etapa, e quero falar um pouco sobre esse tema. A turma que eu tive oportunidade de lecionar, até que não se comportaram tão mal. Grande maioria foi por estacionamento, e o rotativo, cada um com seus motivos, ou desculpas.

Quase que em sua maioria, os condutores infratores se acham injustiçados, não querem cumprir essa pena, e ADORAM utilizar a frase INDÚSTRIA DA MULTA. Dizem que o DETRAN somente quer tirar dinheiro do povo, do cidadão de bem, e ainda dizem que NÃO TEM COMO andar muito, dirigir o dia inteiro, sem cometer infrações com as ARAPUCAS colocadas nas ruas (chamados radares).

Ouvi uma condutora infratora dizer “onde já se viu, me multar só porque eu estava estacionada em cima da calçada, mas eu estava com o pisca-alerta acionado”! Fiquei pasma quando ouvi isso.

Isso somente nos mostra que precisamos sim, e muito, de um curso a cada 5 anos, para renovar os conhecimentos dos nossos condutores, que infelizmente, muitas vezes cometem infrações, por desconhecimento da lei, e todos deveriam apoiar esta ideia, para conhecer mais de legislação de trânsito!!! Infelizmente, isso não vai acontecer tão cedo, mas se faz necessário ir em busca de conhecimento, por algo que está tão dentro de nosso dia a dia.

Precisamos entender que não, não existe indústria da multa, mas sim de infratores, basta ficarmos parados 10 minutos em uma esquina movimentada, que iríamos encher um bloco de autuações, das mais diversas infrações, e se houvesse abordagem então, iríamos ficar indignados com a quantidade de pessoas que dirigem com a CNH suspensa, ou sem CNH mesmo. Vejo isso nas aulas, tanto de primeira habilitação, quanto de reciclagem.

Precisamos sim de mais educação, e mais fiscalização, afinal, as duas andam juntas, e muitas vezes as pessoas só se conscientizam, ou param de cometê-las, com a certeza de que será pego, e será penalizado por isso.

Precisamos entender que o trânsito é feito de pessoas, e que os “acidentes” não acontecem por acaso, por obra do destino, e sim porque muito provavelmente, alguém cometeu uma infração. Disse aos meus condutores infratores, que eles tem sorte, de não terem machucado ninguém, e que tão somente foram penalizados com multas, pontos e suspensão em suas carteiras, e que certamente, eles não gostariam de ter, além disso, em seu histórico de motoristas, a lesão ou homicídio, causado por sua irresponsabilidade no trânsito.

Vamos colocar a mão na consciência e nos portar melhor ao assumir a direção de nossos veículos, inclusive no que diz respeito à vagas de estacionamento, pois outros também precisam utilizá-las, e faz parte da consciência cidadã, permitir que isso ocorra.

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