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Uma reflexão sobre escolhas no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 25/07/2016 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h35
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*Alex Gomes

Parada pela vidaEssa imagem faz parte de uma peça publicitária do Programa Parada pela Vida, do Ministério das Cidades.

Quando alguém age deliberadamente está decidido a fazer o que pretende, o que tem em mente, isso casa muito bem com a questão daquele que sai com o objetivo de beber e depois dirige, pois quando um indivíduo sai com o intuito de ingerir bebidas alcoólicas e depois dirige veículo automotor, com certeza não podemos falar em acidente, posto que um acidente é algo inesperado, e qualquer indivíduo sapiente e no uso de sua racionalidade, sabe que a mistura álcool e direção não combina e pode gerar sim um acidente visto que a percepção da realidade muda totalmente, além do que é uma pratica criminosa se constatada e que pode gerar danos irreversíveis e irreparáveis no caso de acidente com vítimas.

A vida é feita de escolhas, assim, o condutor pode escolher em dirigir sob o efeito do álcool ou não, nada o impede de ingerir bebidas alcoólicas, desde que não tome a direção de um veículo, pois o condutor embriagado pode opinar em pegar um outro meio de transporte que não o próprio, ou pedir a alguém que dirija para ele estando este sóbrio, pode ser um parente, um amigo ou o tão falado “amigo da vez’, aquele que na saída do dia não fará uso de álcool ou qualquer tipo de droga que posso afetar suas condições psíquicas normais. O dolo está no agir consciente, na livre vontade em fazer algo ou induzir o outro para que faça, podemos inferir que é sim uma questão de escolha.

Partindo dessa premissa, sem entrar nos pormenores do Direito Penal, podemos sim considerar que não a que se falar em culpa quando o sujeito sabe que ao beber e dirigir põe em risco a vida de terceiros e a própria vida. Essa pratica desde o ano de 2008 vem sendo combatida com mais firmeza pelos órgãos fiscalizadores de trânsito do Brasil. Assim como a maioria das infrações de trânsito cometidas no país que são oriundas da má conduta humana nas vias, dirigir sob o efeito do álcool também é. Vejamos, já que o condutor pode contribuir negativamente com esse caos que vivemos no trânsito, ele também pode mudar sua conduta e contribuir de forma positiva, valorando a vida e humanizando as relações hoje existentes no trânsito brasileiro.

Fazer a escolha de sair de casa, do trabalho ou de qualquer outro lugar e levar sofrimento a vida de terceiros, causando danos irreversíveis e irreparáveis quando provocamos acidentes nas vias, sem dúvida que não é a melhor e nem a única opção que temos. Devemos refletir sobre nossa postura no trânsito, quer seja como transeuntes ou condutores, pois algo deve ficar bem claro em nossas mentes: o trânsito que temos e queremos somos nós que construímos. É preciso haver mais tolerância e respeito nas relações sociais que hoje temos nas vias do Brasil, pois só assim avançaremos na construção de um trânsito mais seguro e humanizado. Pelo exposto, podemos e devemos sim escolher mudar o trânsito para melhor.

* Alex João Costa Gomes – Bacharelado e Licenciatura Plena em História (UNIFAP 2001), ex-Diretor-Presidente do Detran/AP e Policial Militar (Aluno Oficial) 

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