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Trânsito mata mais de 1 milhão no mundo, Brasil tem piora nos índices


Por Mariana Czerwonka Publicado 19/10/2015 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h43
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Relatório OMS trânsitoRelatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que os números melhoraram de um modo geral, mas pioraram no Brasil e em países da África

Apesar do aumento da população e da frota de veículos, os índices de mortes por acidentes de trânsito permanecem relativamente estáveis desde 2007 no mundo. De acordo com o novo relatório da entidade, mais de 1,25 milhão de pessoas morrem por ano vítimas de acidentes de trânsito.  O continente africano é o local em que os acidentes deixam mais vítimas. Na África, a taxa de mortalidade é de 26,6 pessoas para cada 100 mil habitantes, muito acima dos 9,3 da Europa, no outro extremo do balanço. Para a diretora geral da OMS, Margaret Chan, esse número é extremamente alto. “Os acidentes de trânsito causam estragos inaceitáveis, sobretudo entre as populações pobres dos países pobres”, afirmou.

Os trânsitos mais letais do mundo são o da Líbia, com 73,4 mortes anuais por 100 mil habitantes, e Tailândia, com 36,2.

A Europa é a região do mundo onde o trânsito é mais seguro. Em países com regras mais rígidas, como Reino Unido, Suécia, Holanda, Noruega e Espanha, as mortes anuais por acidentes de trânsito são menores que 4 por 100 mil habitantes.

O relatório da OMS também mostrou que metade das mortes por acidentes estão nos três grupos mais vulneráveis no trânsito: pedestres (22%), ciclistas (4%) e motociclistas (23%).

No Brasil

Segundo o documento, num período de 3 anos, enquanto 79 países viram o número de vítimas do trânsito diminuir, outros 68 o viram crescer. A taxa do Brasil, desde 2003, subiu de 18,7 para 23,4, e já se aproxima daquela dos países africanos com trânsito mais perigoso.

Em 2012, o país teve cerca de 47 mil mortes no trânsito estimadas pela OMS, a partir das 42,2 mil mortes efetivamente registradas e atribuídas a acidentes.

Num ranking da OMS, compilado ainda com dados de 2010, o trânsito brasileiro é o 33º mais perigoso do mundo, e o 5º da América Latina. No ranking de 2013, o país é o 56º do planeta mais mortal no trânsito, e 3º das Américas, atrás apenas de República Dominicana e Belize.

Ações que funcionam

De acordo com o Relatório, os países que melhoraram seus números adotaram leis para reduzir os cinco fatores considerados de maior risco no trânsito: a alta velocidade, a condução sob efeito do álcool, a negligência, a falta do uso de cinto de segurança e de assentos para criança.

A OMS considera que a velocidade máxima nas grandes cidades deveria ser igual ou inferior a 50km/h, uma recomendação que apenas 47 países do mundo respeitam (com um total de 950 milhões de pessoas).

No que diz respeito ao consumo de álcool, o relatório indica que os jovens embriagados correm um risco maior de sofrer um acidente que os condutores mais velhos que tenham feito o mesmo consumo. Por isso, a OMS recomenda que se fixe uma taxa de álcool máxima igual ou inferior a 0,02 gramas para os condutores jovens e recém-habilitados, uma medida que já existe em 21 países europeus.

A OMS também recomenda o uso obrigatório de capacete em veículos de duas rodas para todos os condutores e para as crianças, medida que apenas 44 países respeitam, com um total de 1,2 mil milhões de pessoas.

Quanto ao uso do cinto de segurança, 105 países, com 4,8 mil milhões de pessoas, têm normas que obrigam o uso tanto nos bancos da frente quanto nos de trás.

O documento afirma que os veículos vendidos em cerca de 80% dos países do mundo não respeitam as regras básicas de segurança.

A segurança no trânsito é um dos objetivos do desenvolvimento sustentável para 2030, e a ONU espera reduzir em 50% o número de vítimas de acidentes de trânsito até 2020.

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