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Saiba quem realmente coloca o bloco na rua no Carnaval


Por Mariana Czerwonka Publicado 11/02/2013 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h48
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Por trás da grande celebração brasileira, o carnaval, há muitas equipes trabalhando e dando o melhor para que a festa aconteça com toda a segurança

Se é verdade que o ano só começa depois do Carnaval, também é fato que muito trabalho acontece nesse período. Diversos segmentos da sociedade atuam para assegurar que o evento seja, efetivamente, uma festa. Enquanto Polícias Rodoviárias Estadual e Federal trabalham na fiscalização de vias em todo o país, prefeituras e secretarias de trânsito e transporte organizam o tráfego de veículos nas cidades onde reina a folia.

Este ano, segundo a Polícia Rodoviária Federal, a fiscalização nas rodovias deve ter como foco os casos mais recorrentes, entre os quais ultrapassagens proibidas, excesso de velocidade, falta de documentação e combate à alcoolemia. De acordo com a nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de número 432, de janeiro deste ano, o motorista que for flagrado dirigindo com qualquer concentração de álcool, não contará mais com o limite de 0,10mg de álcool por litro de ar expelido no teste do bafômetro. A partir de 0,01mg/l ele estará cometendo uma infração de trânsito, que rende multa de R$ 1.915,40. Se for detectado índice de seis decigramas por litro de sangue, o condutor é preso.

Com as mudanças na Lei Seca que passaram a vigorar no fim de 2012, o número de prisões em flagrante aumentou consideravelmente e as abordagens deverão ser ainda mais frequentes neste feriado “Nesse sentido, haverá um reforço na quantidade de policiais em serviço, que realizarão o teste do bafômetro nos motoristas que forem abordados durante as fiscalizações, com base nos novos procedimentos adotados em todo o país”, afirma o chefe do Núcleo de Comunicação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná, inspetor Wilson Martines.

Na cidade

Salvador, na Bahia, é o típico exemplo de cidade em que o trânsito é totalmente alterado em virtude da ocasião. Os famosos circuitos do Carnaval baiano interditam ruas e avenidas, proíbem o tráfego e estacionamento de veículos em horários predeterminados, além de mudarem o sentido de várias vias. Durante uma semana, não somente as principais avenidas da cidade ganham restrição, mas também boa parte de ruas menores são bloqueadas para o famoso Carnaval dos Bairros. Para garantir a mobilidade urbana, segurança e conforto dos cerca de dois milhões de foliões esperados, trabalham em conjunto nessas megaoperações, Polícia Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, profissionais dos serviços públicos de saúde, entre outros.

Em situações de grande concentração de pessoas, a rotina de quem mora na cidade acaba sofrendo alterações. “Por isso, é de suma importância o planejamento de operações aliado a medidas de engenharia de tráfego que minimizem, ao máximo, as consequências tanto para motoristas quanto para pedestres”, destaca Idaura Lobo Dias, especialista em trânsito da Perkons – empresa de tecnologia e gestão do trânsito.

Na estrada

Nos 67 mil quilômetros de rodovias federais passam milhões de veículos no curto período de seis dias que compreende o feriado de Carnaval. Somente na BR-277, que liga Curitiba ao litoral paranaense, 245 mil veículos devem circular pela rodovia nos dias de folia. “Manter a velocidade segura é uma sábia decisão. Oferece melhores condições de manobras e frenagem diante de obstáculos, curvas ou problemas nas pistas, e a redução do impacto em caso de acidente é o que pode fazer a diferença entre sair ileso ou não”, aconselha Idaura.

Da mesma forma, a decisão ao ultrapassar não precisa ser um risco a ser assumido. “A ultrapassagem só deve acontecer com total segurança, quando a sinalização permitir e se tiver ampla visão da pista a frente. A faixa da esquerda deve estar livre e ter espaço suficiente para a manobra, que dever ser sinalizada do início ao fim”, explica Idaura.”Em pistas simples as oportunidades de ultrapassagem são menores e os riscos maiores, assim como ao ultrapassar veículos longos. Requer mais tempo e mais espaço”, pondera a especialista em trânsito.

Ela ainda aponta um dado preocupante sobre o uso do cinto. Segundo levantamento do IBGE, cerca de 27% das pessoas usam raramente ou não usam o acessório nos bancos da frente. No banco de trás, o percentual chega a ser alarmante: quase 63%. “O cinto de segurança pode salvar muitas vidas. A Organização Mundial da Saúde estima que usá-lo no banco traseiro pode reduzir o risco de morte em até 75%; no banco dianteiro a redução varia entre 40% e 50%”.

Fonte: Perkons

 

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