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Pesquisa mostra que 46% dos veículos com GNV no Paraná estão irregulares


Por Mariana Czerwonka Publicado 27/06/2017 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h26
 Tempo de leitura estimado: 00:00
GNV combustívelA rentabilidade em relação ao litro de etanol ou gasolina pode chegar a 50%.

O uso do Gás Natural Veicular como combustível é permitido pela legislação brasileira e traz grandes benefícios econômicos e ambientais. Qualquer veículo pode realizar essa conversão, porém para garantir a segurança no uso do combustível algumas recomendações devem ser seguidas.

De acordo com a Associação Paranaense de Organismos de Inspeção Acreditados (APOIA), para a adaptação do veículo para uso do Gás Natural Veicular, há necessidade de autorização prévia do Departamento Estadual de Trânsito. A conversão ocorre em oficinas credenciadas ao Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), que instalam o kit de conversão e fornecem o Certificado de Homologação de Montagem, atestando que todas as normas técnicas estabelecidas na ABNT foram cumpridas, permitindo a legalização do veículo junto ao departamento de trânsito.

Estudo recente realizado pela APOIA identificou que das 500 placas amostradas, 273 veículos estão em situação regular (54%) e 227 veículos estão irregulares (46%). Entre os irregulares tem-se 144 bloqueados (com selo vencido) e 83 clandestinos (sem registro).

De acordo com o Detran PR, a frota atual de veículos com GNV é de 34.364. Com base neste estudo, estima-se que cerca de 15 mil veículos encontram-se em situação irregular.

“Apesar do Detran PR estabelecer várias regras para a utilização do GNV a fim de evitar os riscos provocados por instalações irregulares, detectou-se que a falta de regularização do GNV é uma realidade no estado. O desconhecimento de incentivos governamentais como a redução do IPVA aliado ao alto custo de conversão e manutenção do kit gás eleva os percentuais de clandestinidade”, afirma Everton Pedroso, presidente da entidade.

Legislação

No mês de abril, o Governo do Paraná publicou a Lei Estadual nº 18.981, que pretende diminuir o índice de veículos irregulares no Estado e aumentar a segurança dos usuários.

A nova lei proíbe os postos de combustíveis a abastecerem com GNV veículos que não apresentarem o selo garantidor com prescrição de validade bem como afixar informativo visível para os consumidores com a exigência de que trata essa lei.

“Essa lei traz mais segurança para os veículos com GNV e para os demais usuários. Os veículos são inspecionados e avaliados anualmente e isso dificulta que veículos irregulares que podem colocar em risco a segurança, transitem pelas vias do estado”, finaliza Pedroso.

Vantagens do GNV

Segundo os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor médio do litro da gasolina para o consumidor paranaense entre 18 e 24 de junho ficou de R$ 3,52 e do etanol de R$ 2,61, enquanto o metro cúbico do GNV tem preço médio de R$ 2,55 no Estado.

De acordo com a Compagás, com um metro cúbico de GNV é possível rodar mais quilômetros do que com um litro de álcool ou gasolina (em termos de energia, 1m³ de gás natural equivale a 1 litro de gasolina ou álcool). Se um carro médio roda na cidade cerca de 7 km com 1 litro de álcool ou cerca de 10 km se estiver usando a gasolina, esse mesmo veículo passa a rodar no mínimo 13 km com 1 m³ de gás natural. A economia nos gastos com combustível, incluindo o melhor rendimento do gás e seu preço baixo, é da ordem de 50 a 60%. Além disso, os veículos emitem menos poluentes como óxidos nitrosos, dióxido de carbono (CO2) e principalmente monóxido de carbono (CO) – gases responsáveis pelo efeito estufa.

No Paraná, os motoristas que optam pelo GNV também têm desconto no IPVA. Para os carros movidos a gás natural o custo do imposto é de 1% sobre o valor do veículo, perante os 3,5% do valor sobre os veículos movidos a gasolina e/ou etanol.

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