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O tempo e exames podem ser aliados para reduzir mortes no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 31/05/2015 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h50
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Atendimento Primeiros SocorrosA demora entre o atendimento no PS e a realização de exames como a tomografia de corpo inteiro é fundamental no tratamento de pacientes com lesões graves decorrentes deste tipo de acidente

Estudo do Observatório Nacional de Segurança Viária, divulgado em 2014, revela que a cada 12 minutos um brasileiro morre no trânsito, fora o número de pessoas que ficam com sequelas parciais ou permanentes. Levantamento feito por uma seguradora revelou que, de 2009 a 2014, os casos de invalidez permanente entre motociclistas cresceu de 174 a 740, ou seja, um aumento de 325,3%.
“Esses números poderiam ser reduzidos e muitas dessas pessoas poderiam ter uma recuperação mais rápida, se o atendimento primário e o diagnóstico fossem feitos no tempo adequado”, explica o Coordenador do Centro de Trauma do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Diogo Garcia.
Isso porque a mortalidade do trauma está muito relacionada ao tempo que se leva para realizar exames especializados, imprescindíveis para a definição do tratamento mais adequado (seja cirurgia ou reabilitação).
Dr. Garcia explica que um dos exames realizados no Centro de Trauma e de suma importância é a tomografia de corpo inteiro. “Importante para a avaliação e diagnóstico precoce de pessoas vítimas de acidentes graves. Na Suécia, por exemplo, 94% dos pacientes realizam esse tipo de exame de forma rotineira”.
O exame é composto por tomografia do crânio, face, pescoço, tórax e abdômen, que é feita logo com a chegada do paciente. “O benefício deste exame é que o paciente tem o diagnóstico preciso de lesões que passariam despercebidas somente no exame clínico e físico do médico que faz a avaliação inicial”, explica o especialista.
No último ano, o Hospital Samaritano recebeu cerca de 300 casos de acidentes de trânsito. Desses, 92 foram considerados graves com indicação de tomografia de corpo inteiro de acordo com o protocolo de atendimento do hospital. “Em aproximadamente 15% dos casos o exame fez o diagnóstico de algum tipo de lesão que passaria despercebida se fossem utilizados somente os exames de rotina e o exame físico. Além disso, em 3 pacientes foi indicado tratamento de urgência que, sem esse protocolo que o Hospital Samaritano segue, teria sido postergado e aumentaria a possibilidade de óbito e o  risco de sequela permanente”, finaliza Dr. Garcia.
Fonte: Portal Nacional de Seguros

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