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Julgamento Carli Filho: veja tudo o que aconteceu no primeiro dia


Por Mariana Czerwonka Publicado 27/02/2018 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h18
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Amanhã 28/02, o julgamento será retomado a partir das 9h da manhã.

O juiz fala sobre o dia de hoje no Tribunal

Christiane Yared fala sobre o pedido de desculpas de Carli Filho

Advogado fala sobre a estratégia da acusação

21h20 – Carli Filho é liberado e encerra-se a sessão. Segundo o juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, as próximas horas serão de arguição da defesa e acusação, o que inviabiliza a continuidade.

21h19 – Carli não se recorda da velocidade que trafegava, nem o motivo da pressa.

21h18 – A acusação diz que 4 min antes do acidente, Carli Filho fez 5 ligações, inclsuive para o Rio de Janeiro. O réu diz não se lembrar para quem eram essas ligações.

21h16 – A acusação questiona Carli sobre o trajeto realizado por ele no dia do acidente.

21h15 – Carli Filho se vira para Yared e Vera Lúcia de Carvalho e pede desculpas.

21h14 – Carli diz que com uma família conseguiu acordo e com a outra nem foi recebido.

21h11 – No que diz respeito às multas, Carli diz que o carro era compartilhado, por isso as 24 multas. Disse não ter procurado apresentar os condutores infratores no ato das notificações das multas.

21h09 – O ex-deputado diz ter encontrado Eduardo Missel Silva no restaurante por um acaso.

21h08 – O ex-deputado olha para os jurados, diz ser culpado, mas diz que jamais teve a intenção de matar.

21h07 – Carli assume ter bebido e dirigido.

21h06 – Carli Filho diz que não teve a intenção de matar e assume ter errado.

21h03 – Sessão é iniciada com o depoimento de Luiz Fernando Ribas Carli Filho.

Após 8h do início do julgamento, a movimentação no intervalo do Tribunal é intensa. Após 8h do início do julgamento a movimentação no intervalo do Tribunal é intensa.

19h50 – Intervalo

19h49 – Ventura diz que grande parte de suas perícias ocorreram em plantões.

19h47 – A acusação questiona Ventura sobre as 10 mil perícias que ele diz ter realizado ao longo do tempo. Segundo a acusação, dado seu tempo de carreira seria uma perícia por dia.

19h43 – O perito é questionado com relação as fórmulas utilizadas por ele para o cálculo da velocidade do veículo no dia do acidente. Ventura diz que as fórmulas utilizadas são as mesmas encontradas em qualquer livro de engenharia.

19h41 – No relatório de Ventura, o perito afirma que a velocidade mínima para o carro ter “decolado” deveria ser de 250 km/h.

19h37 – A acusação e o perito debatem aspectos técnicos que constam no laudo entregue por Ventura.

19h30 – Ventura Rafael Martelo Filho diz que entre as causas da destruição dos veículos são: velocidade aliada ao consumo de álcool, manobras incorretas e a estrutura dos carros. O perito diz inclusive que a estrutura do Honda Fit é “oca”.

19h24 – A acusação questiona Ventura sobre a causa da destruição de ambos os veículos.

19h20 – Ventura afirma não ter visto nos autos do processo que às 00h48 do dia 07 de maio de 2009, Carli Filho fez uso do celular.

19h17 – A acusação questiona o perito o motivo pelo qual não consta determinadas ruas que Carli Filho deveria ter trafegado antes do acidente.

19h09 – O perito diz que deveriam ter sido consultados outros profissionais para trazerem os resultados de suas análises e não apenas ele, uma vez que o mesmo diz não ser o dono da verdade.

19h04 – Ventura diz que recebeu 20 mil reais para análise inicial do caso e 50 mil reais para realizar a perícia.

19h01 – A sessão é retomada para continuidade do depoimento do perito Ventura Rafael Martelo Filho.

18h53 – Intervalo

18h39 – Segundo a testemunha, nenhum elemento de ordem técnico material mostra que o veículo Passat caiu em cima do Honda Fit.

18h36 – A defesa pergunta se já que uma das vítimas foi decapitada não teria que ter sangue na parte de baixo do Passat? O perito diz que sim, deveria haver sangue.

18h34 – A perícia contratada pela defesa mostra a foto, do Instituto de Criminalística, que mostra o Passat visto de baixo. Segundo a testemunha, a foto é incompatível com um veículo que caiu em cima de outro.

18h32 – O perito continua mostrando provas técnicas para desqualificar o cálculo da velocidade apontada pela perícia oficial.

18h25 -A defesa pergunta se o perito viu nos autos alguma menção de fraude nos radares. O perito nega.

18h11 – O perito continua mostrando pontos que acredita serem incoerentes na perícia oficial. Reafirma que por mais qualificação que tenha, não é adivinho e não tem como aferir a velocidade apontada pela perícia oficial, que mostra, segundo ele, um cálculo esdrúxulo.

18h02 – Ventura Rafael Martelo Filho diz que o Passat não pode passar dos 227 km/h, segundo o fabricante.

17h54 – Segundo a testemunha, a perícia contratada pela defesa, calculou qual seria a velocidade que o veículo deveria estar para “voar”. De acordo com o cálculo realizado pela defesa, para sair do chão, o veículo deveria estar, no mínimo, a 250 km/h.

17h46 – O perito mostra razões que , para ele, inviablizam a utilização de vídeos de sistemas de segurança para o cálculo de velocidade do veículo.

17h38 – O perito continua mostrando seu trabalho com fotos do local. A defesa pergunta sobre o alcance do farol xenon, o perito responde que ele tem mais alcance do que o farol comum. A emissão de luz é mais forte.

17h31– Ventura Rafael Martelo Filho mostra a via e suas nivelações.

17h28 – O perito mostra fotos da reconstituição e questiona a presença dos advogados de acusação no local.

17h26 – O ponto de impacto assinalado na animação é diferente do local do impacto.

17h25 – O perito mostra diferenças entre o vídeo da câmera real e o da simulação da animação da acusação.

17h20 – O perito mostra o vídeo do acidente.

17h16 – Segundo a testemunha, uma única pessoa viu o velocímetro, que estava indicando 0. Porém, mesmo que marcasse outro valor, o perito diz que o velocímetro travado não quer dizer que seja a velocidade que o veículo estava.

17h10 – A testemunha diz que na primeira análise, chama a atenção a velocidade que foi dita à época, pois é difícil alcançar essa velocidade em via urbana.

17h07 – A testemunha continua falando sobre a sua experiência profissional.

16h57 – Testemunha é perito aposentado pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica do Estado de São Paulo.

16h55 – Na hora do impacto não tem a menor dúvida que o veículo não estava voando.

16h50 – O laudo foi concluído em 2010. Não lembro quando começamos.

16h49 – Não havia um método válido para concluir a velocidade que o veículo estava. Pelas condições do acidente, nenhum método seria possível para estimar a velocidade.

16h48 – O perito diz que não chegaram a conclusão da velocidade, os cálculos efetuados tinham incorreções e não haveria a possibilidade de calcular a velocidade pelos elementos apresentados.

16h45 – O perito diz que encontrou inconsistências no laudo oficial. Juiz pergunta quais. O perito diz que são várias.

16h40 – Começa o depoimento de Ventura Rafael Martelo Filho, perito particular, a principal testemunha de defesa.

Durante o intervalo a família de Carli Filho bate-boca com alguns profissionais de imprensa.

16h03 – Intervalo de 20 minutos.

Durante o intervalo, a tia de Carli Filho se encontra com Yared e diz que foi um acidente e que poderia ter sido o filho dela o acusado. Durante o intervalo, a tia de Carli Filho se encontra com Yared e diz que foi um acidente e que poderia ter sido o filho dela o acusado.

16h01 – O Ministério Público pergunta se a testemunha viu o teto do Honda Fit. A testemunha diz que não.

15h58 – A acusação pergunta se quando a tertemunha ouviu o barulho da colisão, o Honda Fit estava em seu alcance de visão. A testemunha diz que não.

15h56 – O promotor pergunta o que a testemunha cobriu com a caixa de sapato. A testemunha diz que foi parte da colisão. A foto mostra parte do corpo de uma das vítimas.

15h54 – O Ministério Público questiona se a colisão ocorreu perto da esquina. A testemunha diz que não lembra. Que acha que foi próximo da esquina.

15h49 – A defesa faz as perguntas. A defesa pergunta se o Honda Fit parou na esquina, a testemunha diz que não. Reduziu a velocidade e entrou. Não parou. A defesa encerra as perguntas.

15h47 – Começa o depoimento de Yuri Yasichin da Cunha, que também trafegava na via. Só percebeu o barulho, não viu o acidente.

15h43 – A defesa pergunta se a testemunha viu ou não o veículo. Ele diz que olhou à direita, não viu, se posicionou e então viu o veículo. Diz que confirma o depoimento feito a polícia à época. A defesa diz que em juízo a testemunha diz que viu o xenon. A testemunha confirma.

15h37 – A testemunha não ouviu barulho de frenagem.

15h36 – O promotor pergunta como o carro do deputado parou a frente do veículo das vítimas. A testemunha não soube explicar.

15h32 – O promotor pergunta se após a entrada do veículo das vítimas na via principal, a testemunha olhou e viu se vinha algum veículo. A testemunha afirma que não, que só presenciou o veículo do ex-deputado quando iria arrancar, e que a velocidade era incalculável.

15h30 – O Ministério Público começa as perguntas para Leandro Lopes Ribeiro.

15h28 – Leandro chamou o Siate e foi o primeiro a chegar no local do acidente.

15h27 – A testemunha disse que não havia nenhum outro veículo junto ao do ex-deputado. A testemunha disse que viu o veículo com as quatro rodas levantadas do chão. Que saiu mais ou menos 1,5m do chão.

15h25 – A testemunha diz que estava a uma distância de uns dois veículos do carro da vítima. Diz que chegou na esquina e não dava para ver nenhum veículo vindo pela rápida. O carro das vítimas já tinha entrado na via principal.

15h23 – Começa o depoimento de Leandro Lopes Ribeiro, que trafegava pela via na noite de 07 de maio de 2009.

15h13 – Intervalo.

15h10 – O funcionário diz que Carli Filho saiu cambaleando do carro do amigo. Altevir reafirma que foi Eduardo Missel que saiu dirigindo do local e não a namorada.

15h08 – Altevir diz que quem conduzia o carro do amigo de Fernando, era o médico Eduardo Missel. Diz ainda que não sabe quem pediu o carro do ex-deputado ao vallet.

15h05 – A testemunha diz que Carli Filho saiu em alta velocidade. “Isso não vai dar certo”, disse a testemunha.

15h03 – Carli Filho entrou no carro e o funcionário continuou pedindo para que ele não dirigisse. A testemunha diz que fez de tudo, mas que infelizmente o ex-deputado não o ouviu.

15h – Altevir diz que segurou o ex-deputado para que ele não batesse a cabeça em uma árvore. E disse: rapaz, calma. E o alertou para ele não pegar o próprio veículo.

14h59 – O funcionário disse que Carli Filho estava saindo com uma taça do restaurante, quando foi alertado pelo garçom.

14h57 – Começa o depoimento de Altevir Gonçalves dos Santos, funcionário (segurança e porteiro) do restaurante em que Carli estava antes do acidente.

14h54 – São mostradas fotos de Gilmar Yared, e o promotor pergunta se teria como tratar isso. O médico fica quieto e a testemunha é dispensada.

14h51 – O médico disse que ele teve múltiplas fraturas de face, mas não de crânio. São mostradas fotos de Carli no hospital e das radiografias realizadas no hospital.

14h50 – O médico disse que não haveria nada em São Paulo, local para onde foi transferido Carli Filho, que pudesse ser feito além do que foi feito em Curitiba.

14h48 – Carli Filho chegou em coma ao hospital, com muito sangramento devido ao trauma na face.

14h45 – Começa a ser ouvida nova testemunha. É José Antonio Maingue, médico neurocirurgião, que atendeu Carli Filho no hospital.

14h35 – Termina o depoimento do médico Eduardo Missel Silva.

14h34– De acordo com os advogados de defesa, o laudo da defesa concluiu que a velocidade divulgada não era a que foi atestada pelo Instituto de Criminalística.

14h28 – O médico afirma que chegou ao hospital quando soube do acidente e que Carli estava em estado grave.

14h25 – O promotor diz que testemunhas afirmam que quem saiu dirigindo do estacionamento foi o médico, e não a namorada, como ele afirma.

14h21 – O médico disse que não viu o caminho que Carli Filho pegou para ir embora. O promotor diz que testemunhas viram Carli filho entrar na Rua Carlos de Carvalho em alta velocidade.

14h15 – O promotor pergunta se a testemunha pensou em consequências daquela noite, ele diz que não.

14h12– O juiz passa a palavra ao Ministério Público.

14h11 – O médico disse que era amigo do ex-deputado desde 2008.

14h09 – O médico disse que não chegou a examiná-lo, por isso não poderia atestar se Carli Filho poderia ou não dirigir.

14h06 – Quando o carro do médico chegou, o ex-deputado decidiu pegar o seu próprio veículo. O juiz pergunta se ele saiu impulsivamente do carro.

14h05- O médico diz que ofereceu carona ao ex-deputado, que prontamente aceitou.

14h03 – O médico afirma que pediram 4 garrafas de vinho. O médico confirma que ingeriu bebida alcoolica e pediu à namorada que dirigisse o seu veículo.

14h– A primeira testemunha a ser ouvida é o médico Eduardo Missel Silva. O juiz pede para o médico fazer uma retrospectiva da noite de 07 de maio de 2009.

13h58 – Christiane Yared volta ao plenário e fica de frente ao réu, que continua cabisbaixo. Carli Filho olha de canto para o lado onde está Yared.

13h55 – A defesa recorreu 33 vezes para que ele respondesse por homicídio culposo, ou seja, quando não há a intenção de matar.

O ex-deputado é réu por duplo homicídio com dolo eventual (quando se assume o risco de matar)

13h45 – Carli Filho está sentado, cabisabixo. É amparado por seus advogados enquanto o juiz conversa com os jurados.

13h40 – Juri composto por 5 mulheres e 2 homens.

13h35 – Tem início o sorteio dos jurados. A acusação e a defesa podem recusar até 3 jurados, sem apresentar justificativa.

13h20 – A defesa manifesta que o laudo do exame de teor alcoolico consta nos autos do processo e deve ser extirpado. A acusação concorda.

13h18 – O juiz Daniel Avelar diz que o réu pode sentar-se ao lado da defesa, mas os advogados negam e Carli Filho continua em um banco na frente da defesa.

13h15 – Tem início o julgamento.

13h08- Já chegaram ao Tribunal do Júri, o ex-deputado Carli Filho e a mãe de Gilmar Yared, a deputada federal Christiane Yared.

13h – Previsão de início do julgamento

A equipe do Portal fará cobertura ininterrupta a partir das 13h do dia 27 (terça-feira) e só acabará seu trabalho quando houver a decisão final dos jurados.

O caso

Era madrugada do dia 07 de maio de 2009. Gilmar Rafael Yared, 26, e Carlos Murilo de Almeida, 20, voltavam de um shopping e seguiam em um Honda Fit branco. No outro veiculo, Luiz Fernando Ribas Carli Filho, 26, na época deputado estadual, havia saído de um restaurante e estava alcoolizado. Carli Filho estava no Passat SW preto e dirigia com a carteira de habilitação suspensa. Com 24 multas por excesso de velocidade, cinco delas na rua do crime que tem velocidade máxima permitida de 60 km por hora.

O Honda Fit branco freou e entrou devagar na rua quando o Passat preto do deputado que, devido à velocidade e o desnível da rua, decolou. Voando, colidiu com o primeiro carro e veio a capotar. Ao passar sobre o carro branco, decapitou Carlos e Gilmar.

Em 2014, depois de transformar a perda do filho em causa, Christiane Yared foi eleita deputada federal, sendo a candidata mais votada no Paraná. Na política ela tenta transformar a dor em uma luta constante contra  a impunidade.

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