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DPVAT registra queda de 33% no número de indenizações pagas em 2016


Por Mariana Czerwonka Publicado 30/06/2017 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h25
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Indenizações DPVATA falta do uso do capacete, o desrespeito às leis de trânsito (muitos guiam o veículo de duas rodas sem habilitação) e o mau estado de conservação de muitas motocicletas potencializam os acidentes graves. Foto: Arquivo Tecnodata.

Em 2016, foram pagas 434.246 mil indenizações pela Seguradora Líder-DPVAT por acidentes de trânsito em todo o Brasil. O número, referente a reembolso de despesas hospitalares, invalidez permanente e morte, é 33% inferior ao mesmo período de 2015. A maior queda registrada no período foi na cobertura de reembolso de despesas hospitalares (42%), seguida de invalidez permanente (33%) e morte (21%). No total, foram pagos R$ 1,7 bilhão em indenizações durante o ano passado.

De acordo com a Seguradora Líder, considerando o tipo de vítima, entre motoristas, pedestres e passageiros, os acidentes com motocicletas lideram uma triste estatística: indenizações por morte somaram 16.009 (65%); e invalidez atingiram 275.345 (91%). “O que nos deixa mais consternados é ver que são todos muito jovens”, diz Ismar Torres, diretor-presidente da Seguradora Líder-DPVAT, à frente da empresa desde dezembro de 2016. Historicamente, a maioria dos acidentes de trânsito com vítimas ocorre com pessoas que têm entre 18 e 44 anos, a maioria homens (75% dos sinistros).

A falta do uso do capacete, o desrespeito às leis de trânsito (muitos guiam o veículo de duas rodas sem habilitação) e o mau estado de conservação de muitas motocicletas potencializam os acidentes graves. “Acidentes envolvendo motocicletas corresponderam a 76% do total, um número alarmante, levando-se em conta que elas respondem por 27% da frota de veículos automotores em circulação”, reforça Torres.

Queda acentuada

Para a Seguradora Líder, a queda significativa de 33% em relação a 2015 é fruto de um intenso trabalho de combate a fraudes por parte da empresa e ações de prevenção de acidentes e de fiscalização do trânsito, como a Lei Seca, radares, uso do cinto de segurança e elevação do valor das multas.

“O aprimoramento de controles e a adoção de critérios mais rigorosos na regulação de sinistros evitaram perdas da ordem de R$ 120,2 milhões com 9.493 tentativas de fraudes”, informa Ismar Torres.

Segundo ele, os critérios e auditorias da Seguradora Líder-DPVAT miram sempre “pagar certo a quem é de direito”.

Celso Mariano, especialista em trânsito e diretor do Portal, diz que toda diminuição nos números relacionados à violência no trânsito são sempre bem recebidos e causam entusiasmo, mas há de se cuidar com comemorações antecipadas.

“Pode não ser de fato, ainda, uma inversão da tendência verificada até então, que era de aumento da violência. Torço para que tenha mesmo ocorrido essa quebra e que estejamos vendo números que confirmem um futuro mais humanizado do nosso trânsito. À propósito, os últimos números divulgados pelo DATASUS, também apontam para uma melhora”, afirma.

Recursos para a União

Responsável pelo desenvolvimento de campanhas voltadas para Educação no Trânsito, o Denatran – Departamento Nacional de Trânsito – recebe 5% de todos os recursos arrecadados pelo Seguro DPVAT, o que correspondeu a repasses de R$ 434,7 bilhões, em 2016. Outros 45% são destinados ao Fundo Nacional de Saúde (FNS) e repassados ao Sistema Único de Saúde (SUS), a fim de custear as despesas com atendimentos realizados em unidades da rede pública, que atingiram R$ 3,9 bilhões no ano.

Os 50% restantes é que são efetivamente utilizados para custeio da operação, formação de reservas técnicas e pagamentos de indenização, que somaram R$ 4,3 bilhões no período.

Veja aqui o Boletim Estatístico na íntegra.

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