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Cuidados ao sair com a bike em dias de chuva


Por Mariana Czerwonka Publicado 02/07/2013 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h35
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Quem mora na Região Metropolitana do Recife (RMR) sabe: quando chove, é preciso paciência para se locomover. Os congestionamentos cotidianos se agravam, diversos pontos da cidade ficam alagados e, como consequência, a espera pelo transporte público aumenta. O primeiro diagnóstico do ciclista recifense, traçado por pesquisa da Associação Metropolitana de Ciclistas (AMECiclo), mostrou que há fluxo relevante de gente pedalando mesmo nos horários de chuva intensa. Quem utiliza bicicleta em dias chuvosos não fica preso dentro de carro parados ou ônibus lotados, mas precisa estar atento a outros fatores.

A limitada infraestrutura da região é um problema sempre lembrado. Uma das poucas existentes na cidade, a ciclovia da beira-mar de Boa Viagem, na zona sul, fica alagada com facilidade e os ciclistas buscam espaços fora da área delimitada para trafegar. Já na maioria das vias, onde os modais devem dividir a pista, não é incomum observar cenas de desrespeito e impaciência. André Rocha mora em Olinda e utiliza a bicicleta para se locomover quase todos os dias. “Quando chove tenho que ficar mais atento à pista derrapando e, principalmente, com os buracos cobertos de água”. Ele conta que o bairro dos Bultrins, no sítio histórico de Olinda, é uma área a ser evitada durante dias chuvosos. “É um dos piores lugares pra passar de bicicleta. Em dia de chuva acho quase impossível. Fica muito alagado, o nível do canal sobe muito e sem falar na quantidade de buracos por ali”.

Bicicletas com para-lamas evitam que poças de água ou lama sujem o ciclista, mas isso é suficiente. O funcionário público Adrian Aron conta que costuma levar uma roupa na bolsa, mas que quando é pego de surpresa prefere esperar a chuva diminuir. Em relação a segurança, ele é mais prudente durante esses dias. “Eu pedalo mais devagar, pois tudo fica mais complicado. O pneu pode derrapar, ou eu posso ter que parar rápido. A visibilidade fica ruim, por isso fico mais atento aos carros, pois eles também perdem um pouco a visão. Ligo as luzes mesmo de dia”. Os problemas não são causados apenas pela falta de estrutura das cidades, mas pela falta de conscientização de motoristas também. “O transito fica mais lento, por consequência os motoristas ficam impaciente e começam a fazer besteira”.

Quanto às melhorias, Adrian acredita que a criação de ciclofaixas é fundamental para dias de chuva ou de sol. “Mas para o dia de chuva o maior perigo que eu acho são os buracos que se escondem nos alagamentos. É preciso tapar os buracos e cuidar melhor das sarjetas”. O tamanho das valetas do meio-fio e a forma como os ciclistas são “espremidos” contra ela é sempre um assunto entre os que pedalam. André Rocha também concorda com a ideia. “Em primeiro lugar a infraestrutura. Aumentar as campanhas sobre respeito ao ciclista também seria um início”, diz.

Dicas para dias de chuva

1. Roupas e mochila – Levar roupa extra na mochila é importante. Vale utilizar sacolas plásticas mesmo para proteger o que é guardado dentro da bolsa (como livros, documentos, celular e as peças de roupa). Capas de chuva são úteis, mas não se deve utilizar capas que limitem a mobilidade do corpo e dificultem a pedalada.

2. Buracos – Recife é uma cidade esburacada. O meio-fio de muitas regiões é irregular. É preciso atenção redobrada nas regiões alagadas. Não ficar próximo demais da sarjeta da rua é importante para manter o equilíbrio.

3. Paralamas – Ótimo acessório para bicicletas, evita que água e lama sejam jogadas contra o ciclista pelas rodas.

4. Conduta – Cuidado durante as mudanças de faixas e cruzamentos. Sinalizar é importante. Os motoristas devem ter ainda mais atenção com ciclistas e pedestres nesses dias por causa da dificuldade de visibilidade e trânsito complicado.

5. Visibilidade – Seja visto! Luzes ligadas e roupas de cores chamativas são boas opções para chamar atenção e ser visto nas ruas.

Fonte: Diário de Pernambuco

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