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Mistura maior de etanol na gasolina pode afetar o motor do veículo


Por Mariana Czerwonka Publicado 21/04/2014 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h14
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Mistura de etanol na gasolina

Motor deverá perder potência. Atualmente, derivado de petróleo tem 25% de etanol. E deverá receber 27,5%

O aumento da mistura de etanol na gasolina passa por avaliação pelo governo e, se for aprovada, afetará principalmente os motores movidos a gasolina.

Atualmente o litro da gasolina possui 25% de etanol anidro, mas o governo avalia proposta de ampliar a mistura para 27,5%.

A nova mistura é proposta pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), que representa usinas da região centro-sul do país.

Caso a nova mistura seja aprovada, os carros 100% movidos a gasolina serão afetados. “A potência do motor será reduzida”, afirma o engenheiro mecânico José Fraga.

Segundo ele, o etanol tem menor poder calorífico e, assim, o motor movido a gasolina rodará com menos potência.

Além da menor potência, componentes do veículo também podem ser afetados pela maior presença de etanol.

“Mas não é possível saber como e em quanto tempo essa mistura prejudicará o motor”, emenda. “Para saber isso, será preciso fazer avaliação após o veículo rodar com a nova mistura.”

Flex
A proposta de 27,5% de etanol poupará os carros flex, conforme o mecânico Afonso Paula, porque esses estão aptos a rodar com maior presença do derivado de cana.

Ribeirão Preto possui uma frota estimada atualmente em 471,4 mil veículos, segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

O levantamento não especifica o número de veículos flex, a gasolina e a etanol. Mas o número de modelos 100% movidos ao derivado de petróleo é grande em Ribeirão porque integra modelos fabricados de 2.002 para cá. E os carros importados também são a gasolina.

Em nota publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira (11/04), o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, se declarou contrário ao aumento da mistura de etanol na gasolina para 27,5%, por motivos técnicos e ambientais.

Em nota, a Unica considera a posição da Anfavea “equivocada e precoce, já que o governo ainda está analisando estudos que formarão a base da decisão final sobre a mistura.”

Segundo a Unica, peças e componentes que entram em contato com o combustível devem suportar o aumento na mistura, já que há vários anos se pratica no Brasil o limite final de 26%.

Para a Unica, combustível pode baixar de preço

Para a Unica, a maior mistura de etanol na gasolina permitirá reduzir o preço desse combustível nos postos.

“Qualquer aumento na mistura de etanol na gasolina significa a substituição de um componente, a gasolina pura que na refinaria custa R$ 2,40 o litro, por outro, o etanol anidro vendido pelo produtor por cerca de R$ 1,50”, explica a presidente da Unica, Elizabeth Farina, em nota.

“Essa diferença permite, potencialmente, algum recuo no preço final da gasolina na bomba,” emenda.

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