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Cresce número de pontos críticos em rodovias por todo o país


Por Mariana Czerwonka Publicado 21/10/2014 às 02h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h02
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Rodovias no BrasilPesquisa CNT de Rodovias 2014 aponta, ainda, saturação da malha rodoviária, formada na maior parte por pistas simples de mão dupla

A Pesquisa CNT de Rodovias 2014 aponta que cresceu 15,6% a quantidade de pontos críticos nas rodovias, trechos em que a chance da ocorrência de acidentes e de danos nos veículos cresce em razão de elementos imprevisíveis. O número passou de 250, constatados no levantamento de 2013, para 289 deste ano. Segundo o relatório final, foram 28 quedas de barreira, 13 pontes caídas, 100 pontos de erosão na pista e 148 buracos grandes. O levantamento foi divulgado no dia 16 de outubro.

Na avaliação da geometria das pistas – considerando tipo e perfil da rodovia, faixa adicional em trechos de subida, condições de pontes e viadutos, curvas perigosas e presença de acostamento – os números também são ruins. Apenas 22,1% dos 98.475 km analisados estão em condições adequadas e foram classificados como bons ou ótimos. Isso corresponde a 21.735 km. Os trechos regulares correspondem a 28.812 km (29,3% do total). Enquanto isso, a situação é ruim ou péssima em quase metade da extensão analisada: 48,6%, num total de 47.928 km.

Tipo de rodovias e faixa de subida
Além disso, o levantamento indica que a maioria da malha brasileira é composta de rodovias de mão dupla com pista simples: 87,1% dos trechos analisados pela CNT têm essa configuração. “Isso é um vício de origem”, diz o diretor executivo da CNT, Bruno Batista. Ele explica que grande parte das rodovias brasileiras foi construída nas décadas de 60 e 70 e não passou por um processo de modernização, apesar do incremento na frota de veículos. “A malha está saturada e não permite uma condição segura para os usuários. É uma situação crítica para um país que quer deixar sua economia mais forte. Todos pagamos essa conta: seja na prateleira do supermercado, seja na manutenção dos veículos, seja com o número de mortes em acidentes de trânsito”, complementa.

Chama a atenção que, apesar de a maioria das rodovias ter perfil ondulado ou montanhoso (69,4%), é pequena a quantidade de trechos com faixa adicional de subida, que permite a ultrapassagem com segurança. Segundo a pesquisa, 83,4% não têm esta alternativa. “A presença dessas faixas adicionais, além de possibilitar a redução no tempo de viagem dos veículos mais leves, pode também proporcionar uma diminuição no número de acidentes ligados a ultrapassagens forçadas”, aponta a pesquisa.

Ainda segundo o levantamento, 87,1% das rodovias têm pista simples com mão dupla. Apenas 12,7% têm mais de uma faixa em cada sentido. O restante (0,2%) é formado de pista simples de mão única.

Curvas perigosas
Conforme o estudo, em 88,5% dos pontos em que há curvas perigosas, os riscos para condutores e passageiros são agravados pela falta de defensas ou de placas de advertência legíveis ou visíveis. A situação é adequada somente em 11,5% dos trechos.

Segundo a pesquisa, há pelo menos uma curva perigosa em 33,8% da extensão total avaliada, o que corresponde a 33.321 km.

Acostamento
De acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2014, em 39,9% dos trechos não há acostamento. Isso prejudica os condutores, uma vez que o trecho na lateral da pista é uma área de evasão importante em situações de emergência, além de ser um apoio para os motoristas.

Nos 60,1% dos trechos em que a estrutura está disponível, 82,3% estão pavimentados e são considerados em perfeitas condições. O restante apresenta problemas que comprometem o uso e afetam a estrutura principal da pista, já que pode dificultar a drenagem da água em caso de chuva e agravar a erosão.

Pontes e viadutos 
A pesquisa aponta que há pontes e viadutos em 52% dos trechos. Em 4,7% (4.664 km) dos casos não há qualquer dispositivo de defensas ou acostamento, elevando o risco para os usuários, já que esses elementos evitam, por exemplo, a queda do veículo em caso de acidente e também amortecem impactos laterais. Em 12,5% dos trechos há pontes e viadutos com defensas completas e em 34,8%, ao menos um desses elementos está ausente.

Pior avaliação para rodovias públicas
Entre as rodovias administradas pelo poder público, que são 79.515 km ou 80,7% do total, a pior avaliação está relacionada à geometria. Em 56% dos casos é ruim ou péssima; em 26,3% é regular; e em apenas 17,7% é ótima ou boa.
Já entre as concedidas, que respondem por 18.960 km da malha analisada, 40,3% tiveram avaliação ótima ou boa para a geometria; 41,9% a classificação foi regular; e 17,8% foram considerados ruins ou péssimas.

Dados gerais da Pesquisa CNT de Rodovias 2014
A pesquisa avaliou 98.475 km de rodovias pavimentadas, 1.761 km mais que na edição anterior. Desses, 62,1% apresentaram alguma deficiência no pavimento, sinalização ou geometria da via.

Dos trechos analisados, 37,9% apresentaram condições satisfatórias, ou seja, foram classificados como ótimos ou bons. Outros 38,2% estão em condição regular, 17% foram avaliados como ruins e 6,9% como péssimos.

Para acessar a íntegra, clique aqui.

Com informações da Agência CNT de Notícias

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