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Acabar com a impunidade para diminuir mortes no trânsito


Por Mariana Czerwonka Publicado 19/09/2014 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 23h04
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Para acabar com a impunidadeAcabar com a sensação de impunidade é a única maneira de diminuir os acidentes e mortes no trânsito brasileiro. Essa foi a conclusão que chegaram os participantes do II Open Fórum Trânsito e Transformação que aconteceu ontem (18) em Curitiba, como parte da programação da Semana Nacional de Trânsito.

Para Ricardo Boechat, jornalista e mediador do debate, há casos, como do ex-deputado Carli Filho, que se envolveu em acidente que vitimou duas pessoas há cinco anos em Curitiba, e que não foi julgado até hoje, que favorecem esse sentimento no brasileiro. O antropólogo e escritor Roberto da Matta, complementou dizendo que a lei deve ser igualitária. “O exemplo deveria vir de cima”, exemplificou o antropólogo autor do livro “Fé em Deus e Pé na Tábua”.

Durante o evento, o vice-presidente da TRAFPOL – IRSA – International Road Safety Academy (Espanha) e superintendente da Polícia e Mobilidade de Toledo (Espanha), José María Sànchez Albiñana, apresentou um modelo de gestão pública que diminuiu os acidentes na província espanhola de Toledo, demonstrando na prática que os resultados só aparecem quando há uma fiscalização intensa e efetiva, principalmente na área de trânsito. “E, o mais importante, as pessoas tem que pagar pelas irregularidades que cometem, não há como escapar”, destacou Albiñana.

Também participaram do evento a consultora do Ministério da Saúde e integrante da Comissão Nacional do Projeto Vida no Trânsito, Cheila Marina de Lima e Lídia Alves de Oliveira, uma das coordenadoras do programa Vida no Trânsito em Curitiba. As duas destacaram a importância da unificação dos dados estatísticos no Brasil, para que possam ser criadas políticas públicas de acordo com o perfil e os números dos acidentados no trânsito.

II Open Fórum

A Segurança Viária é um tema que tem sido abordado constantemente pela ONU, principalmente com o lançamento da Década de Ação para a Segurança Viária (compreendida entre 2011 e 2020). Milhões de pessoas morrem em acidentes de trânsito anualmente no mundo e estima-se que, se não forem tomadas medidas preventivas até 2030, essa será a quinta maior causa de morte no planeta.

A América Latina e o Caribe, por exemplo, têm as maiores taxas de mortes ligadas ao trânsito per capita no mundo e, normalmente, ajuda no aumento da pobreza na região já que a maior parte desses acidentes envolve os assalariados, e as suas famílias ficam sem amparo econômico.

Tendo em vista este cenário, o CIFAL Curitiba/SESI, em parceria com a Renault e a Ecovia, lançou ano passado (2013) o Open Fórum Trânsito e Transformação, que contou com a participação dos seguintes palestrantes: Maria Cristina Hoffmann, Marcelo Belão, Dionísio Banaszewski e Ricardo Boechat, que falaram sobre como alcançar uma sociedade mais segura no trânsito.

Dando continuidade ao projeto, este ano o objetivo do “II Open Fórum Trânsito e Transformação” foi abrir e manter um diálogo com a sociedade deforma a promover a segurança no trânsito.

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