23 de dezembro de 2024

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nossos sites, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar o Portal do Trânsito, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

23 de dezembro de 2024

Abramet alerta para candidatos que propõem “retrocesso na segurança do trânsito”


Por Mariana Czerwonka Publicado 27/09/2016 às 03h00 Atualizado 08/11/2022 às 22h33
Ouvir: 00:00
Indústria da MultaNecessitamos de uma imunização de curto prazo em que a fiscalização deve ser forte e a punição para infratores severa.

A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego enxerga com preocupação o tom das campanhas eleitorais que disseminam o conceito de “indústria da multa”, ao mesmo tempo em que prometem mudanças nas medidas de redução de velocidade e fiscalização das vias. A Abramet considera retrocesso qualquer aumento das velocidades veiculares e reconhece o conceito de “Indústria da multa” como falta de informação sobre o Código de Trânsito Brasileiro e os compromissos do Brasil com a redução do número epidêmico de acidentes.

Um destes compromissos é o objetivo proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir em 50% o número de mortes no trânsito até 2020, o patamar anual está em 1.25 milhões de mortes relacionadas ao trânsito (Dados da OMS, Organização Mundial de Saúde). A Abramet considera que para a meta ser alcançada, é necessária a mudança radical na cultura da mobilidade, não só do motorista, pedestres e ciclistas, mas também dos governantes e da iniciativa privada de nosso país. É preciso colocar em prática a execução do Código de Trânsito Brasileiro que data de 1997, quando determina a “Educação de Trânsito” nas escolas.

Educação continuada (Abramet), formação de condutores, campanhas permanentes, policiamento ostensivo, participação da sociedade, fiscalização e punição precisam ser revigorados.

Apesar das multas os fatores velocidade excessiva, álcool, drogas, fadiga, sono e desatenções continuam sendo causadores de acidentes.

Necessitamos de uma imunização de curto prazo em que a fiscalização deve ser forte e a punição para infratores severa. Em longo prazo, atuando na mudança da cultura, com educação de trânsito, a necessidade real de utilização de equipamentos de segurança e outros conhecimentos que amadurecerão nossos jovens e aos 18 anos de idade teremos novos cidadãos, conscientes, responsáveis, conhecedores dos limites da máquina sobre rodas, do respeito mútuo e à própria vida.

No cenário brasileiro, São Paulo observou amadurecimento nas regras de trânsito e maior assertividade na fiscalização. Dados anuais comparados mostram redução no número de acidentes e vítimas (CETSP – Parcial 2016), especialmente entre os usuários mais frágeis: os pedestres. Isto é possível através de ações que extrapolam o limite de administrações e partidos, ações como obrigatoriedade do uso do cinto de segurança no banco dianteiro e traseiro, do uso de cadeirinhas, das medidas inclusas na Lei Seca, as reduções de velocidades permitidas nas vias e maior fiscalização do trânsito para identificar infratores, ações recomendadas pela Abramet, profissionais de Saúde e Medicina de Tráfego, e por entidades internacionais como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas (ONU).

Tais resultados significam vidas salvas, menor número de sequelas e menor gasto público com vítimas de trânsito, é o entendimento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego que os candidatos devem buscar apelo eleitoral sem colocar em risco os avanços atingidos na mudança da cultura do trânsito e no aumento da segurança no trânsito.

 

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *